Meu vôo de ida SPO-NY atrasou.
Era para sair às 23h25 e só decolamos às 02h30.
É que quando já estávamos dentro do avião, dando ré para taxear, houve uma pane.
As luzes - todas - se apagaram e o avião, na linguagem popular, morreu.
As turbinas foram desligadas.
Muito solícito, o comandante explicou que havia ocorrido uma pane num dos circuitos dos computadores.
E ele teve que, várias vezes, ligar e desligar os circuitos para descobrir onde estava o problema.
Dentro do avião, vôo lotado, sem um lugar vago, ninguém piava.
Após tantos acidentes traumáticos, os passageiros, pelo menos os brasileiros, amadureceram.
Aprenderam, em longos lutos solidários, que segurança tem que vir antes de tudo.
Nesse liga e desliga voltamos ao finger.
Não podíamos sair.
As horas se passaram e os técnicos finalmente localizaram o circuito com problema.
Mais meia hora para consertá-lo e três horas depois do previsto, finalmente, decolamos.
Com todo o atraso, muita gente perdeu as conexões no JFK.
Mas todo mundo entendeu que não há como voar com um problema.
Mesmo assim, hoje, dez dias depois, recebi um e-mail da companhia, a American Airlines.
Um diretor qualquer pede desculpas pelo transtorno e oferece 3.000 milhas pelo incômodo.
Três mil milhas não valem o atraso de quem perdeu um vôo, claro, mas é um gesto de reconhecimento de que um problema da companhia significa transtorno para o consumidor.
No país dos desmandos da Tam, da Gol e da Varig, fica o exemplo.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Excelente post.
É isso aí - chega de gritaria e um pouco mais de bom senso.
Só que o meu vôo de volta de Punta foi uma zona: o ar-condicionado de terra pifou e a argentinada transformou o vôo numa feira livre.
Isso porque a decolagem foi as 4h da manhã...
Mas a gente chega lá... Risos.
Ana.
Postar um comentário