Depois de ser 'esquecido' pelo Golden Globes, Sean Penn foi anunciado ontem Presidente do Júri do Festival de Cannes.
Que este ano será realizado de 14 a 25 de maio.
Aliás até agora não entendi porque o Golden Globes esnobou tanto Into The Wild.
Não que eu o ache um épico, como vi Chalie Rose dizer a Sean Penn.
Gostei muito de ver o filme.
Acho bacana que ele faça sucesso.
Mas não está nem de longe entre meus 5 Filmes Favoritos de Todos os Tempos.
Porém, diante da lista dos 7 filmes indicados, só nos resta achar que o GG boicotou Penn politicamente.
Já pensou ele no palco fazendo discurso pelo impeachment do Bush, pró-Irã ou Venezuela ?
Que medo !
Sim, porque, perseguição política à parte, é mesmo meio constrangedor vê-lo falar de Hugo Chavez.
Eu vi na tv e quis me enfiar debaixo da cadeira de tanta vergonha, tão rasa é a visão 'engajada' do ator-diretor.
Mas boicotar Into The Wild no Golden Globes é lamentável.
Já escrevi aqui no Migrante porque o filme me é especial.
Jon Krakauer é meu jornalista-ídolo.
Com Into Thin Air mudou meu jeito de contar histórias.
Sean Penn, como diretor, confirmou minhas expectativas.
Fez o filme com a paixão que a história merecia.
Eddie Vedder sempre foi e sempre será um grande letrista.
Nunca o vi fazer uma música que não fosse passional.
E Chris MacCandless, apesar de eu fazer parte dos que não admiram suas motivações, merecia um filme à altura de sua vida.
Into The Wild é passional.
Gosto da câmera na mão, da tentativa de Penn de fazer um filme fora da linguagem blockbuster de Hollywood.
Às vezes seus maneirismos de edição 'vejam como sou independente' me cansam um pouco.
Mas só em remar contra a maré hollywoodiana já merece algum respeito.
Muito particularmente acho que a fotografia, apesar de bonita, não está a altura do real Alaska.
Em maio do ano passado, sobrevoei e pousei em Fairbanks e, acreditem-me, é muito mais 'wild' do que qualquer filme.
Porém concordo que, dentre todos os filmes não-documentários que já vi flmados no Alaska, Into The Wild é de longe o que está mais perto.
Chato mesmo é não ver Penn indicado ao GG de melhor diretor.
Mais do que o filme o que gosto é a direção dele dos atores.
Não há um ator em Into The Wild que não esteja bem dirigido.
Emile Hirsch foi uma grata surpresa.
Começo a me animar com Speed Racer, será ?
Vou ver Lords of Dogtown pra ter certeza.
Mas tenho uma velha tese de que fazer personagens extremos é mais fácil.
Difícil mesmo é fazer o que fez Marcia Gay Hardem como a mãe Billie.
Hal Holbrook, então, está incrível.
Poucas cenas, contidas, e tudo nele é emocionante.
Levaria fácil meu voto para melhor coadjuvante.
O casal hippie também está ótimo.
E Vince Vaughn prova porque pode ser muito melhor do que todos os papéis óbvios que teimou em aceitar nos últimos três ou quatro anos.
É o Vince gigante do começo de carreira.
Na ausência de Sean no quesito diretor, vou torcer por Ridley Scott porque sou fã da sua imensa versatilidade e/ou Julian Schnabel, que também foi incrível na direção de atores de Scaphandre et le Papillon, outro filme em que não há um ator sequer que não esteja muitíssimo bem dirigido.
Também vou torcer por Scaphandre [The Diving Bell and the Butterfly, em inglês] como melhor roteiro.
Música foi o único quesito em que Into The Wild não foi boicotado.
Foi indicado a melhor trilha sonora e melhor música.
'Guaranteed' nem é minha música preferida.
Gosto da trilha de cabo a rabo.
Merece um post à parte.
Minha preferida é Long Nights, a música que abre o filme.
E sempre achei que Hard Sun, a música-tema, que toca no trailler, seria a indicada.
Mas entendo os votantes do Golden.
É difícil mesmo resistir a Eddie Vedder 'humming'.
Eu também sucumbiria [rs].
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
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