Tendo estado em Nova Iorque por apenas duas horas e meia, na volta do Alaska, todos me perguntam.
E aí ?
Comprou o Mac Book Air ?
Não.
Não comprei.
Vi.
Toquei.
Digitei.
O levantei no ar como Jobs.
Mas não adquiri.
Ele é aquilo tudo que dele dizem.
O mais leve.
O mais fino.
O mais cool.
Mas não tem drive para DVD.
Preciso de dvd-drives em viagens.
Ainda assim fiquei em dúvida.
Balancei.
Mas resisti.
Daí lembrei da Profecia.
De Bill.
O Gates.
Não sei se vocês lembram.
Foi já neste século.
Mas muito lá no passado.
No longínquo 13 de julho de 2004, o Profeta William, autor de alguns Evangelhos do Velho Web Testamento, anunciou.
Os DVDs estarão mortos em 2014.
Dizem as Escrituras que a Profecia foi feita a um jornal alemão, o Bild.
O texto original se encontra por aí espalhado aos bits pela fibra ótica.
Mas há referências a referências.
As palavras em si do Profeta não as sei.
Mas ele teria dito que em dez anos à frente de então todos nós jogaríamos fora nosso DVD player.
Os discos prateados seriam obsoletos para se ouvir música ou assistir a filmes.
'Essas coisas ficam arranhadas ou podem ser perdidas' teria dito o Profeta.
Na ocasião Bill Gates ainda proferiu como seria nossa TV.
Computadorizada, é claro.
Eu acredito em William Gates.
Há muito tempo já não compro CDs ou DVDs por lazer.
Só compro mídias digitais.
Mas nem tudo de que preciso está em catálogo.
A trabalho volta e meia preciso assistir a algo em DVD.
Ainda mais em viagens.
Por isso, com pesar no coração, abri mão do Thin Air de Steve Jobs.
Na histérica Apple Store do coração de Manhattan lembrei da Profecia.
Ainda faltam oito longos anos para que ela se realize.
Mas mal vejo a hora.
Quem quiser ler alguns fragmentos da Profecia de William, pode acessar a
Arca da Forbes.
Levante a mão o Migrante que nunca cantou o refrão mais famoso dos escoceses do Simple Minds.
