Por força das circunstâncias hoje tive que ouvir Bach com atenção.
O que foi uma das melhores coisas do dia.
Até para lembrar do tempo em que eu confundia a Ave Maria de Schubert com a de Bach.
Culpa do Walt Disney, em Fantasia.
Só adulta descobri que uma era uma e a outra era outra.
Bach, aliás, sempre foi injustiçado nessa história da Ave Maria.
Pra começar todo mundo só fala 'Ave Maria de Gounod'.
Olha, Gounod até era um cara legal.
Fez uma ópera pra Fausto e outra pra Romeu & Julieta.
Mas alto lá.
A Ave Maria dele é de Bach.
Johann Sebastian Bach.
Está lá no Prelúdio No. 1 do Livro 1 do Cravo Bem Temperado
Basta ouvir.
Não que Gounod tenha usurpado a composição alheia.
Quando Mendelssohn apresentou a música de Bach a Gounod, ele imediatamente passou a endeusar o mestre.
Aliás o que eu mais gosto na história de Bach são os elogios.
Seus fãs são todos passionais.
Que nem eu.
Gounod dizia a quem quisesse ouvir.
'O Cravo Bem Temperado de Bach é lei no estudo de pianoforte'.
Mozart, o maluquinho, um dia sentou no chão, espalhou todas as partituras de Bach ao redor, pelas cadeiras, e só se levantou depois de ler todo o repertório.
Beethoven era devoto.
Chamava Bach de 'Pai Original da Harmonia'.
E Chopin tinha o costume de, antes dos concertos, se trancar em algum lugar para tocar Bach.
Por essas e muitas outras vamos combinar.
A próxima vez em que você ouvir a Ave Maria de Gounod e derramar algumas lágrimas, não se esquecça.
Ao enxugá-las lembre-se de agradecer também a Johann Sebastian Bach.
sábado, 14 de junho de 2008
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