domingo, 22 de fevereiro de 2009

Entre o MIT e O Timor

O Sexto Sentido.
Ok.
O TED foi incrível.
Os meninos do MIT subiram lá e mostraram o mais incrível Wearable Computer que nós já tínhamos visto.
Tudo que Bill Gates tinha dito ao Charlie Rose foi provado.
Qualquer superfície será uma tela.
A rede estará ao nosso redor.
Anywhere. Everywhere.
E por 350 dólares.
O suficiente para uma webcam baratinha, um smartphone wifi e um mini-projetor.
Simples.
O futuro já é passado.
Basta Ver para Crer.

TED na Califórnia.
Mobile World Congress em Barcelona.
Thumbs up, brothers.
Mas aí vem o Global Voices.
Para nos acordar de ressaca.
Timor: 9 anos de internet, só um ISP e um grande abismo digital.
Choque de realidade.
O primeiro computador só chegou ao Timor Leste no início dos anos 90.
A primeira conexão com a internet foi estabelecida em 2 de fevereiro de 2000, graças à UNPD, o povo da ONU.
O país mais pobre da Ásia.
40% da população pobre e desempregada.

Até 2004 só o governo tinha computadores.
Mil.
Apenas 70 deles com conexão à internet.
Hoje a Universidade Federal de Timor Leste já tem.
56Kbps de conexão.
Só 40 computadores ligados.
Conta de três mil dólares por mês.

O governo do Timor tem 13 Mbps de banda para acesso ao exterior.
6Mbps para uso do governo.
7Mbps para o resto do país.
Na sua casa sua banda é de quanto?
Dois? Quatro?

Em 2006, alvíssaras.
No país de 1 milhão e 100 mil habitantes, 1.200 usuários.
Conexão ruim.
Lenta.
Sofrida.
Um esforço de tempo.
Trinta segundos para entrar uma senha.
Mas ainda assim, olha que legal.
Aos poucos vai crescendo o número de sites em tetum, língua nativa.

E por que Timor precisa diminuir este abismo?
Por vários e imprescindíveis motivos.
Porém.
Mais do que para que o Timor conheça o mundo.
Para que o mundo conheça mais o Timor.
Um país tão bonito quanto instável - uma gente tão alegre quanto sofrida.
Em 2006, durante os conflitos que deixaram mortos espalhados pelas ruas, apenas um site mantinha informações sobre as ações.
O Suara Timor Lorosae, hoje, infelizmente, inativo.

Entre o Sexto Sentido de Massachusetts e o sudeste da Ásia, abismos como esses podem ser redimidos.
A África está aí para provar.
Eu, por exemplo, já entrei numa lanhouse na fronteira do Congo com a Ruanda e li o Uol Notícias.
Se a África pode, o Timor também pode.

Vale a pena ler o artigo de Sara Moreira, de onde retirei as informações postadas aqui.
O link é esse.

E vamos combinar.
Toda vez que o mundo estiver girando rápido demais, é hora de dar uma passadinha no Global Voices.
Afinal, a Terra tem que girar para todos.

Um comentário:

Ana Beatriz Camargo disse...

As vezes esse "acorda pra realidade" é mais brusco do que esperávamos... Pelo menos pra mim.

Adorei o artigo que você usou como base, muito informativo e dinâmico mesmo. Sem contar o video zombando o monopólio da TT que me arrancou gargalhadas, aqui. haha


Bjs.Bom Carnaval!