quarta-feira, 22 de abril de 2009

Twittando Pra Lá De Bagdá

O trocadilho, vou logo avisando, não é meu.
É da Rosana Hermann [@rosana] no Twitter.
Se refere à delegação de executivos de novas mídias que o governo Obama levou ao Iraque para, digamos, estudar como a tecnologia digital pode ajudar a reconstruir o país.
Pois estão lá Jack Dorsey [@jack] - um dos fundadores do Twitter - e executivos de empresas como Google, YouTube, AT&T, Automattic Inc. [donos do Wordpress] e por aí vai.
A foto acima, por exemplo, foi twittada [ou twitpicada pra quem é do ramo] por Jack.
São os execs numa reunião na combalida Universidade de Bagdá.
Jack vem twittando a rodo e postando fotos muito legais do dia-a-dia da cidade.
Claro que eles acabam meio confinados no mar de insegurança que toma conta de Bagdá.
Já imaginou um atentado contra as Mentes Brilhantes do Vale do Silício?
Nem me fala.
Guiados pelo pessoal do Departamento de Estado, eles circulam sob intensa proteção militar, usando até capacetes e coletes à prova de bala.
Mas no meio do medo conseguem ver algo aqui e acolá.
O encontro com repórteres - não, graças a Deus, ninguém tacou sapato na cara de ninguém - foi na Embaixada Americana.
Um dos lugares mais fortificados do planeta.
Mas vamos ao drama.
Como oferecer tecnologia digital à uma população arrasada por duas grandes guerras e a ditadura do calibre de um Saddam Enforcado Hussein?
Os iraquianos não têm nem, coitados, eletricidade com segurança.
Milhões nem acesso à água potável têm.
Internet?
Xi. O que é isso, mesmo?
Apenas 5% da população de 28 milhões de pessoas têm algum acesso à rede.
Mas, tchanram...
Jack Dorsey sacou rápido.
85% dos iraquianos usam celular!
Sendo assim, em breve poderão Twittar mais {ai ai, uma vez CEO sempre CEO} e tomar de assalto [brincadeira, gente, é só modo de escrever] as redes sociais.
Por isso tem gente que acha que é possível que o Iraque ultrapasse a fase desktop e vá direto all mobile.
Vai ser um case.
Mas no Iraque nada me surpreende.
Afinal estamos falando de um povo destinado a fazer história.

Tem mais sobre a viagem dos gringos no L.A. Times.
E para quem quiser acompanhar o dia-a-dia digital dos iraquianos recomendo hoje e sempre Salam Pax, o Blogueiro de Bagdá.
Salam ficou conhecido em todo o mundo ao cobrir do ponto de vista dos jovens uma Bagdá destroçada pelos horrores de Saddam e da Guerra.
No Twitter ele é @salam
Vale a pena.

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