sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Hooray
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Nascida & Criada Em Estocolmo
Se ontem, às 15:12, quando recebi o tal e-mail da tabuada egípcia [vide 2 posts abaixo], eu tinha alguma dúvida de que meu ano realmente havia começado, hoje ela se dissipou.
Blogo de Congonhas.
Minha sina.
Em 2008 meu último vôo se concretizou em 24 de dezembro.
Sendo assim, folgo em constatar que consegui ficar mais de trinta dias sem voar.
Recorde.
Não que nesses trinta e poucos dias eu não tenha vindo a Congonhas.
Aí já era merecer demais.
Vim aqui mas apenas para recepcionar.
Até em Cumbica eu fui.
Só para pegar amigos.
Check-in, atendente mal-humorado, café caro & pão duro, fazia tempo.
Mas o que não é a vida?
Não é que eu estava com saudade?
2009.
Meu ano aéreo começa!
Que seja feliz.
Blogo de Congonhas.
Minha sina.
Em 2008 meu último vôo se concretizou em 24 de dezembro.
Sendo assim, folgo em constatar que consegui ficar mais de trinta dias sem voar.
Recorde.
Não que nesses trinta e poucos dias eu não tenha vindo a Congonhas.
Aí já era merecer demais.
Vim aqui mas apenas para recepcionar.
Até em Cumbica eu fui.
Só para pegar amigos.
Check-in, atendente mal-humorado, café caro & pão duro, fazia tempo.
Mas o que não é a vida?
Não é que eu estava com saudade?
2009.
Meu ano aéreo começa!
Que seja feliz.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
E Eis Que
Surge em minha caixa postal de trabalho o primeiro e-mail de 2009 - que eu não pedi para receber - a me deixar realmente muito irritada.
Às 15:12 fui brindada.
* Na volta às aulas, aprenda tabuada egípcia *
O que?
O que eu fiz?
Às 15:12 fui brindada.
* Na volta às aulas, aprenda tabuada egípcia *
O que?
O que eu fiz?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Os Caras
Tá vendo lá embaixo à esquerda o carinha de blusa de gola preta com as mãos cruzadas no peito?
É ele.
Sim.
Steve Jobs sempre gostou de blusas pretas de golas rulês.
Em sua companhia, a galera criadora do MacIntosh.
Os caras a quem nós, macmaniacs, devemos muito.
A colagem é de 15 anos atrás.
Publicada num artigo de fevereiro de 94 da Popular Science.
Com base numas fotos feitas para uma edição da Rolling Stone, em janeiro de 1984.
É ele.
Sim.
Steve Jobs sempre gostou de blusas pretas de golas rulês.
Em sua companhia, a galera criadora do MacIntosh.
Os caras a quem nós, macmaniacs, devemos muito.
A colagem é de 15 anos atrás.
Publicada num artigo de fevereiro de 94 da Popular Science.
Com base numas fotos feitas para uma edição da Rolling Stone, em janeiro de 1984.
MacIntosh - 25 Anos Hoje
Não.
Eu não esqueci do aniversário hoje de 25 anos do Mac.
Aqui em casa teve bolo e tudo.
Já dei parabéns.
E até uns carinhos.
Tipo organizada básica no iPhoto, que estava a zorra total.
Lembrei do meu primeiro Maquinho.
Hoje nas boas mãos de uma amiga para quem eu o vendi.
E do meu primeiro Pro.
17"
Lindo lindão.
Hoje também alegrando outro lar.
A Steve Jobs agradeço tanta felicidade.
E ele que me agradeça também o tanto de dinheiro que já deixei nessa empresa.
Eu não esqueci do aniversário hoje de 25 anos do Mac.
Aqui em casa teve bolo e tudo.
Já dei parabéns.
E até uns carinhos.
Tipo organizada básica no iPhoto, que estava a zorra total.
Lembrei do meu primeiro Maquinho.
Hoje nas boas mãos de uma amiga para quem eu o vendi.
E do meu primeiro Pro.
17"
Lindo lindão.
Hoje também alegrando outro lar.
A Steve Jobs agradeço tanta felicidade.
E ele que me agradeça também o tanto de dinheiro que já deixei nessa empresa.
Aplauso
O Campus Party está chegando ao fim.
Vou sentir saudades.
Consegui visitar cinco dias.
E ainda assim não deu para ver tudo que queria ver.
Conversar com todos com quem queria conversar.
Mas não quero deixar o CParty acabar sem fazer um elogio público à participação da TV Cultura no evento.
A Cultura, aliás, para quem não sabe, é a primeira emissora de TV aberta do Brasil a ter um canal na internet.
Hey ho!
Alvíssaras.
Desde o dia 15 deste mês a IPTVCultura exibe todo santo dia 12 horas de programação ao vivo.
10 às 22h
E o mais legal.
Não é só rebotalho do que vai ao ar no canal.
Tem ainda uma produçãozinha de conteúdo próprio para a web.
No Campus Party a IPTV deu show.
A começar pelo stand.
Tudo simples mas bem bacana em 535m2.
A moçada na bancada que circunda o stand é a que trabalha no conteúdo.
Lá atrás na torre de vidro fica a turma da T.I.
Prova de que para fazer diferença e marcar presença não é preciso nada mirabolante.
Muitas das entrevistas foram feitas ali mesmo no stand, tudo à frente de todos.
Logo, quem parava para assistir ainda ganhava de brinde uma aula gratuita de como se faz transmissão de TV ao vivo.
Foram 7 equipes de reportagem.
Quatro ilhas de edição.
Uma rádio.
50 pessoas no total.
E uma salva de palmas especial para a galera da T.I.
A qualidade da transmissão foi bem boa.
Principalmente áudio e luz, que costumam ser os gargalos das transmissões de web em eventos em grandes espaços, com muita gente, logo, com muito barulho.
Claro que nem tudo é perfeito.
E muita gente chiou da transmissão da palestra do Tim Berners-Lee.
Teve problema mesmo.
Mas, no conjunto da obra, eu tiro o chapéu para a TV Cultura.
Só em ser a primeira já vale o gesto.
Que venham mais coberturas, mais eventos.
Viva a http://iptvcultura.com.br
Ainda Os Modders
Tá vendo o Saulo aí na primeira foto?
Pois é.
O Saulo Ricci tem 26 anos.
Adora games.
De carros.
Quem vê o Saulo aí amarradão no computador no Campus Party nem imagina.
Saulo é empresário.
Na segunda foto vemos Saulo e um dos seus funcionários.
Diego Fabrett, 16 anos, amigão.
Pois é.
Juntos eles e outros amigos fabricam e vendem CPUs transformadas em ... carrinhos.
Opa, carrinho, não.
Carrões.
A loja de Saulo é conhecida.
PC Tuning.
Dá uma olhada no site.
Tem comunidade oficial no Orkut, sistema de afiliados, atendimento via Skype e Msn.
E esse negócio dá dinheiro?
Dá.
Só este mês Saulo já vendeu mais de 100 carros.
E também já chegou a fazer 10 carros por dia.
Fabrica as carcaças, adesivos, rodas, pneus.
E quanto custa?
Duzentos e noventa e nove reais em até dez vezes.
Sem juros.
Mas no Campus Party tem desconto.
Dá para comprar por R$ 200.
E como é que um jovem de 26 anos se transforma em empresário casemodder, dono-de-loja, patrão dos amigos e ainda ganha dinheiro com o que mais gosta, carros & games?
'Ah, na Santa Ifigênia tem que estar sempre inovando, senão...'.
The Marauder's Map
Mais um dos meus favoritos do Campus Party.
O pessoal que está mapeando as lan houses do Brasil.
E para que serve um mapa de todas as lan houses do Brasil?
Para a inclusão digital.
Sabendo onde há, ficamos sabendo onde não há.
E assim dá para saber onde é preciso fazer a inclusão.
Um trabalho hercúleo.
Uma idéia inspiradora.
No Campus Party a idéia foi trazer donos de lan house do país inteiro.
Espera-se que tenham comparecido uns 800.
Nas palestras a intenção era debater, inclusive, o mais delicado.
A legalidade do negócio.
Para isso chamaram também gente do Sebrae e do BNDES.
Quanto ao mapa, não poderá dar outra coisa.
Há concentração no Sudeste.
E um dado curioso.
Uma pesquisa do Ibope/Net Ratings mostra que em São Paulo apenas 17% dos internautas acessam internet via lan house.
Até aí tudo bem.
Região com maior poder aquisitivo, é natural que mais gente tenha computador e banda em casa e não precise gastar dinheiro com lan house.
Mas o estudo chama atenção para um fato.
Ao contrário do que se pensa, em São Paulo, lan house não é, majoritariamente, frequentada por jovens da periferia.
Aqui 98% são das classes A, B e C.
47% A e B.
51% classe C.
E o que o paulistano faz na lan house?
90% usam para frequentar redes sociais e serviços como o MSN.
Primeiro lugar absoluto.
Em segundo lugar, lazer de modo geral.
Traduzindo => jogos (60% do universo pesquisado adora joguinhos).
Metade também usa para serviços que podem ser feitos pela internet.
15% usam para acessar bancos e/ou fazer pagamentos online.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Torres Louquinhas
Eles são disparados a minha galera favorita no Campus Party.
Chamo eles de 'O Povo das CPUs Malucas'.
Mas eles são os casemodders.
Incríveis.
Se pudesse passava o dia lá com eles.
É cada CPU mais legal que a outra.
E eles são o máximo.
Têm a maior paciência com a gente.
'Ai, nossa, que legal, posso tirar foto?'
Sim.
Podemos.
Os casemodders são legais.
Simpáticos.
Sem aquela coisa blasée insuportável.
Os geeks mais legais da Party.
Sou fã.
Drops Da Party
De tudo um pouco.
O carinha do Acre não é do Acre.
É de Brasília.
E quando jornalista incauto pergunta animado achando que 'opa, achei personagem', 'e você, veio do Acre?', ele responde, 'Você ACREdita?'.
Fala sério.
Os picboys são a turma mais animada de sempre.
Junte três fotógrafos engraçados e ... além de presenciar formação de quadrilha você ainda leva de presente repertório de história hilária para causar nas próximas três festas que você for.
A dupla dinâmica é o pai da internet com o pai do Campus Party.
Sir Tim Berners-Lee & Marcelo Branco.
Sem qualquer um dos dois o evento, bem, o evento não existiria.
O operador de vt é da turma que rala para botar o CParty ao vivo.
Live significa manter um olho no padre e o outro ... no governador.
No cercadinho glass da imprensa, @lustein em ação.
E @jhcordeiro com a cadeira mais green do CParty.
Garrafas pet.
Ele tinha que ser do Greenpeace.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Ainda Sir
Pois é.
Segunda noite de Campus Party 2009.
Monte de coisas legais acontecendo.
Mas vou parar no tempo e continuar falando de Sir Tim na abertura, ok?
Esse aí na foto com ele é o Igor.
21 anos.
É de Porto Alegre, onde estuda Ciência da Computacão.
Na beira do palco implorou por uma foto no celular.
Conseguiu.
Após, pulava de alegria.
E dizia aos berros.
'Eu tirei foto com Deus! Eu tirei foto com Deus!'
[bem, como se vê, não sou só eu a única exagerada no CP]
Fui lá perguntar.
'Afinal, o que você sentiu ao ficar do lado do cara que é o pai da internet?'
Resposta na lata.
'Esse cara mudou minha vida!'.
Tem razão Igor.
Apoiado.
Mudou a minha também.
Agenda
O melhor de tudo hoje no Campus Party é, claro, Sir Tim Berners-Lee.
Às 13h.
Se você não vai poder assistir, não se descabele.
Vai ter transmissão ao vivo na web pela Telefonica.
E, segundo Marcelo Branco, depois tudo no Tube.
No Campus Blog também tem coisa legal.
Recomendo Alex Primo, da UFRGS, às 14h, para falar de Interações, Conteúdo e Autoridade na Blogosfera Brasileira.
Como a blogosfera vive em guerra, a parte de Autoridade vai ferver.
Conteúdo também deve render pano para manga.
As 15h20, a influência das mídias sociais nas publicações também pode ser interessante.
Na mesa representantes da Abril, do Grupo Estado, IDG e Meio & Mensagem.
Moderação do Tiago Dória.
E às 17h50 um bate-papo com Ricardo Noblat.
Depois da retratação da nota antiga do mandado de prisão do Bispo Macedo haja pano e haja manga.
Às 13h.
Se você não vai poder assistir, não se descabele.
Vai ter transmissão ao vivo na web pela Telefonica.
E, segundo Marcelo Branco, depois tudo no Tube.
No Campus Blog também tem coisa legal.
Recomendo Alex Primo, da UFRGS, às 14h, para falar de Interações, Conteúdo e Autoridade na Blogosfera Brasileira.
Como a blogosfera vive em guerra, a parte de Autoridade vai ferver.
Conteúdo também deve render pano para manga.
As 15h20, a influência das mídias sociais nas publicações também pode ser interessante.
Na mesa representantes da Abril, do Grupo Estado, IDG e Meio & Mensagem.
Moderação do Tiago Dória.
E às 17h50 um bate-papo com Ricardo Noblat.
Depois da retratação da nota antiga do mandado de prisão do Bispo Macedo haja pano e haja manga.
Flashes Do Campus
De tudo um pouco.
E à meia-noite a banda realmente se fez larga.
No palco, José Serra, Sir Tim Berners-Lee, Gilberto Kassab, os organizadores, e uns políticos.
Contagem regressiva.
Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um ...
Voilá.
10G.
Foi aberto o Campus Party 2009.
* Na chegada enquanto eu ainda procurava credencial na bolsa, vi todos os flashes voltados para mim.
Hãã?
É que eu sem querer tinha parado ao lado de Sir Tim Berners-Lee.
Dois posts abaixo explicam o que se passou em uns, ahn, 20 segundos de conversa.
*Lá pelas tantas chega o prefeito.
O cerimonial convida Sir Tim Berners-Lee a ir lá fora cumprimentar Kassab.
Ele, Sir que é, imediatamente se coloca à disposição.
Chega o prefeito.
Sai do carro.
E mal cumprimenta Sir Tim.
Ajeita a camisa dentro da calça enquanto alguém faz a apresentação.
E é tudo.
O prefeito não não dá a mínima para o Cavaleiro da Rainha.
Ficam todos um tempão parados lá fora.
Sir Tim, escanteado, no meio dos assessores políticos do prefeito, fica ali com cara de paisagem.
Constrangimento.
Não é possível, penso eu.
Que falta de consideração com o pai da Internet.
Vergonha alheia.
Será que Kassab não sabe quem ele é?
Sabe.
É que o prefeito não fala inglês.
Cai o pano.
* Trinta minutos depois continuam todos em pé lá fora.
O prefeito e sua entourage de um lado.
Sir Tim - provavelmente sem entender bulhufas o que diabo fazia ali já que ninguém falava mesmo com ele - e alguns assessores de outro.
Esperam o governador Serra.
Que quando desce do carro já é cercado pelos fotógrafos.
Havia anunciado Geraldo Alckmin Secretário de Desenvolvimento.
Era a notícia do dia.
Serra cumprimenta Sir Tim com mais atenção.
Trocam meia dúzia de palavras e aguardam.
Junto com os devidos assessores sairiam dali para o palco para a contagem regressiva de abertura do evento.
* No palco, sobem todos menos Sir Tim.
Político quando vê palanque já sabe, né?
Esquecem do Cavaleiro.
Começam os discursos.
E as vaias.
Marcelo Branco, organizador, aponta para a molecada campuseira e diz.
'Vocês são atores vivos da internet brasileira'.
Escapa por um triz do 'boo' porque lembra à galerinha que o Brasil detém o segundo lugar mundial em participação em redes sociais.
E um dos pais da internet ali, plantado, ao lado do palco, esquecido por todo mundo.
O secretário de projetos culturais do MinC chega até a Palestina.
Pede aos campuseiros para usarem a banda de 10G para mandar mensagens de solidariedade ao povo de Gaza.
Só não levou 'boo' porque começou pedindo um viva para o Pinguim Linux e o software livre brasileiro.
E nada de Sir Tim.
Até que um assessor de Kassab, antenado, leva o Cavaleiro ao palco.
Ufa, penso eu.
Achei que iam esquecer o Senhor WWW.
Gilberto Kassab não teve jeito.
Levou 'boo' da molecada.
Mesmo tendo dado parabéns aos campuseiros.
José Serra só levou menos 'boo' porque jogou bem para a platéia.
Se disse surpreso com o tamanho do Campus Party, alegando que o evento tinha se tornado a Fórmula Um dos encontros da internet.
Aí foi aplaudido.
Também ganhou pontos quando disse que a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas.
Os blogueiros ficaram com os olhinhos brilhando.
E lá foi Serra desfilando a tecnologia estadual.
Lembrou que no município já são mais de 300 telecentros.
Em todo o estado há 500 pontos de acesso à internet gratuitos.
Lembrou que, em breve, os cinco milhões de alunos da rede estadual terão seus e-mails próprios.
E assim foi escapando das vaias.
Conquistou o direito de não ser constrangido quando disse que só descobriu a internet tarde, em 2003.
Mas que daí para cá tinha se tornado 'viciado'.
Rá.
Foi falar em viciado que aí conquistou aplausos.
Que campuseiro já não ouviu pai, mãe, tia, namorada, amigo, alguém dizer que 'é viciado demais em internet'?
Pois é.
Nessa hora a molecada aplaudiu o governador.
* E, finalmente, Serra chamou Sir Tim.
Que, animado com a presença da galera, perguntou quem ali falava português.
E quem falava um pouco de inglês?
Umas poucas mãos para cá, outras poucas para lá.
Quando perguntou quem sabia escrever em Java e outros programas, aí a galera entendeu.
Ele queria provar que apesar das diferenças de línguas, na internet todo mundo fala a mesma.
Não ficou redonda a piada.
Mas ninguém ligou muito.
O que todo mundo queria mesmo era que a internet começasse logo a funcionar.
Muita gente estava ali desde o meio-dia.
Barraca montada, computador tinindo e cadê os 10G prometidos?
Pois eles vieram.
Três, dois, um ...!
Festa.
E à meia-noite a banda realmente se fez larga.
No palco, José Serra, Sir Tim Berners-Lee, Gilberto Kassab, os organizadores, e uns políticos.
Contagem regressiva.
Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um ...
Voilá.
10G.
Foi aberto o Campus Party 2009.
* Na chegada enquanto eu ainda procurava credencial na bolsa, vi todos os flashes voltados para mim.
Hãã?
É que eu sem querer tinha parado ao lado de Sir Tim Berners-Lee.
Dois posts abaixo explicam o que se passou em uns, ahn, 20 segundos de conversa.
*Lá pelas tantas chega o prefeito.
O cerimonial convida Sir Tim Berners-Lee a ir lá fora cumprimentar Kassab.
Ele, Sir que é, imediatamente se coloca à disposição.
Chega o prefeito.
Sai do carro.
E mal cumprimenta Sir Tim.
Ajeita a camisa dentro da calça enquanto alguém faz a apresentação.
E é tudo.
O prefeito não não dá a mínima para o Cavaleiro da Rainha.
Ficam todos um tempão parados lá fora.
Sir Tim, escanteado, no meio dos assessores políticos do prefeito, fica ali com cara de paisagem.
Constrangimento.
Não é possível, penso eu.
Que falta de consideração com o pai da Internet.
Vergonha alheia.
Será que Kassab não sabe quem ele é?
Sabe.
É que o prefeito não fala inglês.
Cai o pano.
* Trinta minutos depois continuam todos em pé lá fora.
O prefeito e sua entourage de um lado.
Sir Tim - provavelmente sem entender bulhufas o que diabo fazia ali já que ninguém falava mesmo com ele - e alguns assessores de outro.
Esperam o governador Serra.
Que quando desce do carro já é cercado pelos fotógrafos.
Havia anunciado Geraldo Alckmin Secretário de Desenvolvimento.
Era a notícia do dia.
Serra cumprimenta Sir Tim com mais atenção.
Trocam meia dúzia de palavras e aguardam.
Junto com os devidos assessores sairiam dali para o palco para a contagem regressiva de abertura do evento.
* No palco, sobem todos menos Sir Tim.
Político quando vê palanque já sabe, né?
Esquecem do Cavaleiro.
Começam os discursos.
E as vaias.
Marcelo Branco, organizador, aponta para a molecada campuseira e diz.
'Vocês são atores vivos da internet brasileira'.
Escapa por um triz do 'boo' porque lembra à galerinha que o Brasil detém o segundo lugar mundial em participação em redes sociais.
E um dos pais da internet ali, plantado, ao lado do palco, esquecido por todo mundo.
O secretário de projetos culturais do MinC chega até a Palestina.
Pede aos campuseiros para usarem a banda de 10G para mandar mensagens de solidariedade ao povo de Gaza.
Só não levou 'boo' porque começou pedindo um viva para o Pinguim Linux e o software livre brasileiro.
E nada de Sir Tim.
Até que um assessor de Kassab, antenado, leva o Cavaleiro ao palco.
Ufa, penso eu.
Achei que iam esquecer o Senhor WWW.
Gilberto Kassab não teve jeito.
Levou 'boo' da molecada.
Mesmo tendo dado parabéns aos campuseiros.
José Serra só levou menos 'boo' porque jogou bem para a platéia.
Se disse surpreso com o tamanho do Campus Party, alegando que o evento tinha se tornado a Fórmula Um dos encontros da internet.
Aí foi aplaudido.
Também ganhou pontos quando disse que a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas.
Os blogueiros ficaram com os olhinhos brilhando.
E lá foi Serra desfilando a tecnologia estadual.
Lembrou que no município já são mais de 300 telecentros.
Em todo o estado há 500 pontos de acesso à internet gratuitos.
Lembrou que, em breve, os cinco milhões de alunos da rede estadual terão seus e-mails próprios.
E assim foi escapando das vaias.
Conquistou o direito de não ser constrangido quando disse que só descobriu a internet tarde, em 2003.
Mas que daí para cá tinha se tornado 'viciado'.
Rá.
Foi falar em viciado que aí conquistou aplausos.
Que campuseiro já não ouviu pai, mãe, tia, namorada, amigo, alguém dizer que 'é viciado demais em internet'?
Pois é.
Nessa hora a molecada aplaudiu o governador.
* E, finalmente, Serra chamou Sir Tim.
Que, animado com a presença da galera, perguntou quem ali falava português.
E quem falava um pouco de inglês?
Umas poucas mãos para cá, outras poucas para lá.
Quando perguntou quem sabia escrever em Java e outros programas, aí a galera entendeu.
Ele queria provar que apesar das diferenças de línguas, na internet todo mundo fala a mesma.
Não ficou redonda a piada.
Mas ninguém ligou muito.
O que todo mundo queria mesmo era que a internet começasse logo a funcionar.
Muita gente estava ali desde o meio-dia.
Barraca montada, computador tinindo e cadê os 10G prometidos?
Pois eles vieram.
Três, dois, um ...!
Festa.
O Que Você Falaria Para Sir Tim Berners-Lee?
Olha.
Você eu não sei.
Mas eu não tive escolha.
Falei o primeiro despautério [no dicionário = tolice graúda] que me veio à cabeça.
E deu-se o seguinte diálogo.
Guta Sem Noção: Oi, a gente já se encontrou em 1999.
Sir Tim Berners-Lee Com Cara De Desconfiado: Hãã? Quando?
Guta Sem Noção Alguma: 99. Quando você foi a Nova Iorque lançar seu livro numa palestra na Barnes & Noble.
Sir Tim Berners-Lee Arregalando Os Olhos Com Simpatia E Um Que De Nostalgia: Oooh, você estava lá?
Guta Sem Saber O Que Dizer Direito: Hum-hum.
Sir Tim Berners-Lee Já Incorporando John Cleese: Ahnnnn, e você, claro, comprou muitos e muitos livros meus naquela noite, certo?
Guta Pensando 'Pensa Rápido Alguma Coisa Engraçada Pra Responder' E Nada Vindo À Cabeça Só Restando Fazer Careta Irônica: Iiih, claro. Muitos e muitos deles.
E foi tudo que eu consegui conversar com Sir Tim.
Porque daí para frente foi uma confusão só.
Nem lembro mais o que aconteceu em que sequência.
Foto para cá.
Foto para lá.
A primeira não ficou boa.
Tira outra pelo amor de Deus.
Só lembro de eu me despedindo.
- Espero ver o senhor de novo! Mas antes de dez anos.
Piada sem graça, né?
Mas Sir Tim sorriu.
E foi o suficiente.
Mais uma vez saí de casa para ver o pai do WWW e voltei feliz.
Valeu a pena.
E algo me diz que sempre vai valer.
Você eu não sei.
Mas eu não tive escolha.
Falei o primeiro despautério [no dicionário = tolice graúda] que me veio à cabeça.
E deu-se o seguinte diálogo.
Guta Sem Noção: Oi, a gente já se encontrou em 1999.
Sir Tim Berners-Lee Com Cara De Desconfiado: Hãã? Quando?
Guta Sem Noção Alguma: 99. Quando você foi a Nova Iorque lançar seu livro numa palestra na Barnes & Noble.
Sir Tim Berners-Lee Arregalando Os Olhos Com Simpatia E Um Que De Nostalgia: Oooh, você estava lá?
Guta Sem Saber O Que Dizer Direito: Hum-hum.
Sir Tim Berners-Lee Já Incorporando John Cleese: Ahnnnn, e você, claro, comprou muitos e muitos livros meus naquela noite, certo?
Guta Pensando 'Pensa Rápido Alguma Coisa Engraçada Pra Responder' E Nada Vindo À Cabeça Só Restando Fazer Careta Irônica: Iiih, claro. Muitos e muitos deles.
E foi tudo que eu consegui conversar com Sir Tim.
Porque daí para frente foi uma confusão só.
Nem lembro mais o que aconteceu em que sequência.
Foto para cá.
Foto para lá.
A primeira não ficou boa.
Tira outra pelo amor de Deus.
Só lembro de eu me despedindo.
- Espero ver o senhor de novo! Mas antes de dez anos.
Piada sem graça, né?
Mas Sir Tim sorriu.
E foi o suficiente.
Mais uma vez saí de casa para ver o pai do WWW e voltei feliz.
Valeu a pena.
E algo me diz que sempre vai valer.
Por Onde Começar?
A mocinha aí ao lado, explodindo as bochechas de tanta alegria ... sou eu!
Ao meu lado, ele.
Sir Tim Berners-Lee.
Onde?
Campus Party 2009.
Como?
Muito simples.
É que a sorte é o resíduo do desejo.
Aprendi isso com uma amiga, Bia Alessi, acusada por todos de ser a pessoa mais sortuda do mundo.
E quando a gente pergunta para ela, 'Bia, como foi que você conseguiu isso?', ela sempre repete.
A sorte é o resíduo do desejo.
Olha, e é mesmo.
Porque só assim se explica o fato de eu entrar na Campus Party e a primeira pessoa a eu dar de cara ser ele.
Sir Tim.
Ao meu lado, ele.
Sir Tim Berners-Lee.
Onde?
Campus Party 2009.
Como?
Muito simples.
É que a sorte é o resíduo do desejo.
Aprendi isso com uma amiga, Bia Alessi, acusada por todos de ser a pessoa mais sortuda do mundo.
E quando a gente pergunta para ela, 'Bia, como foi que você conseguiu isso?', ela sempre repete.
A sorte é o resíduo do desejo.
Olha, e é mesmo.
Porque só assim se explica o fato de eu entrar na Campus Party e a primeira pessoa a eu dar de cara ser ele.
Sir Tim.
A Vida A 10G
Ou quase isso.
Campus Party.
Sir Tim Berners-Lee.
Sim.
Disse para ele que era a segunda vez em que nos encontrávamos.
Tiramos fotos.
Elas virão.
Mas nada se compara a ver o homem que inventou a internet no meio da molecada.
Eles não acreditando.
Ele também não.
A energia mais bacana do universo.
Valeu a viagem.
Campus Party.
Sir Tim Berners-Lee.
Sim.
Disse para ele que era a segunda vez em que nos encontrávamos.
Tiramos fotos.
Elas virão.
Mas nada se compara a ver o homem que inventou a internet no meio da molecada.
Eles não acreditando.
Ele também não.
A energia mais bacana do universo.
Valeu a viagem.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Campus Party 2009
Tem tudo para ser bacana.
Estive lá hoje por volta de uma da tarde.
Molecada chegando, mochilão e PC nas costas.
PC mesmo.
Torre e tudo.
Há quem leve carrinho de rodoviária.
Bate um bolão.
Tem PC em caixa, em saco.
Só não vi na cabeça.
Mas isso porque também fiquei pouco tempo [rs].
O mais legal foi ver uma torre cheia de emoticons coladinhos - muito fofos.
Campuseiros são mesmo mochileiros das galáxias.
A turma da robótica também já estava na fila.
Dava para ver pelas caixas.
Vai sair coisa legal dali também.
Imprensa a postos.
Carros de TV da Cultura e da Band.
Motorista do Estadão trancando a rua toda.
Alôôôr.
Jornalista que fecha rua é folgado.
A TV Cultura, aliás, vai ganhar post a parte aqui no Migrante.
Para quem não sabe ela é a primeira emissora aberta de TV a ter um canal exclusivo de internet.
http://iptvcultura.com.br
Montou no local um QG de 535m2, 50 funcionários, 7 equipes de reportagem, 4 ilhas de edição e 1 rádio.
Não é pouca coisa não.
A TV Estadão não perdeu tempo e já entrevistava a espanhola criadora do Campus Party.
Marcelo Branco, organizador do evento, a mil por hora.
Confirmou que logo mais, à meia-noite, Sir Tim Berners-Lee fará a contagem regressiva para a abertura.
'Three, Two, One ...!!!'
E a Campus Party se fará em rede.
10G.
Pelo menos para 6.073 campuseiros.
Estarei lá.
Porque numa coisa Marcelo Branco tem razão.
Há um monte de eventos para falar e pensar sobre a rede.
Mas nenhum onde quem faz e acontece são os verdadeiros donos da internet.
Nós.
Eu, você, e todas as pessoas, em qualquer lugar, conectadas por três simples - porém tão amplas -letrinhas.
www.
World Wide Web.
Estive lá hoje por volta de uma da tarde.
Molecada chegando, mochilão e PC nas costas.
PC mesmo.
Torre e tudo.
Há quem leve carrinho de rodoviária.
Bate um bolão.
Tem PC em caixa, em saco.
Só não vi na cabeça.
Mas isso porque também fiquei pouco tempo [rs].
O mais legal foi ver uma torre cheia de emoticons coladinhos - muito fofos.
Campuseiros são mesmo mochileiros das galáxias.
A turma da robótica também já estava na fila.
Dava para ver pelas caixas.
Vai sair coisa legal dali também.
Imprensa a postos.
Carros de TV da Cultura e da Band.
Motorista do Estadão trancando a rua toda.
Alôôôr.
Jornalista que fecha rua é folgado.
A TV Cultura, aliás, vai ganhar post a parte aqui no Migrante.
Para quem não sabe ela é a primeira emissora aberta de TV a ter um canal exclusivo de internet.
http://iptvcultura.com.br
Montou no local um QG de 535m2, 50 funcionários, 7 equipes de reportagem, 4 ilhas de edição e 1 rádio.
Não é pouca coisa não.
A TV Estadão não perdeu tempo e já entrevistava a espanhola criadora do Campus Party.
Marcelo Branco, organizador do evento, a mil por hora.
Confirmou que logo mais, à meia-noite, Sir Tim Berners-Lee fará a contagem regressiva para a abertura.
'Three, Two, One ...!!!'
E a Campus Party se fará em rede.
10G.
Pelo menos para 6.073 campuseiros.
Estarei lá.
Porque numa coisa Marcelo Branco tem razão.
Há um monte de eventos para falar e pensar sobre a rede.
Mas nenhum onde quem faz e acontece são os verdadeiros donos da internet.
Nós.
Eu, você, e todas as pessoas, em qualquer lugar, conectadas por três simples - porém tão amplas -letrinhas.
www.
World Wide Web.
Vício A Caminho
Mais um ator de Heroes aderiu ao Twitter.
Depois de Greg Grunberg, Brea Grant e D. H. Lawrence XVII, agora é a vez de James Kyson Lee.
E pelo jeito Ando, o melhor amigo do Hiro, já viciou.
Ele abriu a conta há dois meses mas até então não tinha se animado.
Há doze dias deu um alô.
Mas ontem aderiu de vez.
Só neste domingo já twittou que assisitiu a Notorious e se lembrou dos tempos de high school, viu Benjamin Button no sábado e ficou impressionado com a história e a maquiagem, adorou Zooey Deschanel em Yes Man - e as letras das músicas da banda - e jogou Ultimate Frisbee.
Pois é.
Viciou.
Para seguir Ando, digo, Jason => @jameskysonlee.
Depois de Greg Grunberg, Brea Grant e D. H. Lawrence XVII, agora é a vez de James Kyson Lee.
E pelo jeito Ando, o melhor amigo do Hiro, já viciou.
Ele abriu a conta há dois meses mas até então não tinha se animado.
Há doze dias deu um alô.
Mas ontem aderiu de vez.
Só neste domingo já twittou que assisitiu a Notorious e se lembrou dos tempos de high school, viu Benjamin Button no sábado e ficou impressionado com a história e a maquiagem, adorou Zooey Deschanel em Yes Man - e as letras das músicas da banda - e jogou Ultimate Frisbee.
Pois é.
Viciou.
Para seguir Ando, digo, Jason => @jameskysonlee.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Cinco Minutos A Bordo Do Vôo 1549
Foi mais ou menos assim.
La Guardia, aeroporto doméstico de Nova Iorque.
Três e vinte e cinco da tarde o vôo 1549 recebe autorização para decolagem.
Um minuto e meio depois já voa 200 metros acima da pista, direção norte.
No mesmo horário e no mesmo lugar pássaros voam majestosos em formação perfeita.
Tanto o piloto, comandante Sullenberger, quanto o co-piloto, Jeff Skiles, veem eles se aproximando.
Tudo indica que o bando vai passar por baixo da aeronave.
Mas quando o comandante 'Sully' percebe, eles já estão à sua frente.
Grandes.
Marrom escuro.
Muitos deles.
O primeiro instinto é embicar o avião para baixo.
Mas não dá tempo.
Vêm os baques.
Um cheiro de queimado.
E silêncio depois que as duas turbinas param.
Neste momento o Airbus A320 plana no céu apenas mil metros acima do Bronx.
As turbinas estão tão mortas que um comissário de bordo diz mais tarde, em depoimento, que parecia que estavam todos numa biblioteca.
Da decolagem ao pouso no rio foram, no total, cinco minutos.
Um minuto e meio quando tudo começa.
Os controladores de vôo não detectam os pássaros no radar e ainda dão instruções de subida quando o comandante Sully avisa no rádio que alguma coisa está muito errada.
'Aaah, aqui é Cactus 1549, perdemos força nas duas turbinas, estamos voltando para La Guardia'.
Apenas alguns segundos se passam, antes que ele anuncie outro destino.
La Guardia está muito longe.
Assim como Teterboro, aeroporto em Nova Jérsei.
O comandante percebe que seu avião está 'devagar, muito devagar' e perto de muitos prédios altos para dar tempo de chegar a algum aeroporto.
Seguir para Nova Jérsei é arriscar um choque 'catastrófico' numa vizinhança populosa.
'Não podemos fazer isso', diz ele para o controlador de vôo, 'vamos para o Hudson'.
Tudo isso faz parte dos depoimentos dos pilotos, dos três comissários de bordo e dos controladores de vôo, feitos ontem ao National Transportation Safety Board, a agência americana de aviação, similar ao nosso D.A.C.
Neles, podemos perceber o quão rápido as coisas aconteceram durante o vôo.
Que era para ser a última perna de um dia de quatro viagens.
A tripulação começara o dia em Pittsburgh, voara para Charlotte, na Carolina do Norte, fora para La Guardia e voltava para Charlotte naquela tarde.
Uma controladora de vôo disse que os pássaros vieram do nada.
Mas outros radares na região confirmam que a trajetória dos pássaros se encontrou com a do avião quando a aeronave estava a 879 metros.
Na cabine, os passageiros percebem na hora que alguma coisa está errada.
Ouvem um baque e depois o silêncio sinistro.
Uma névoa.
E os comissários sentem o cheiro de algo metálico queimando.
Um passageiro da primeira classe diz, 'acho que acertamos um pássaro'.
No cockpit o comandante Sully assume o vôo de Skiles.
O co-piloto havia feito a decolagem mas tem menos experiência com o Airbus.
'Sua aeronave', diz o co-piloto, ao passar o comando.
Enquanto o comandante rapidamente estabiliza o avião para evitar perda brusca de velocidade e pensa onde pousar, Skiles tenta fazer as turbinas voltarem a funcionar.
Ao mesmo tempo em que procura numa lista de três páginas procedimentos para pousos de emergência.
Em geral, esses procedimentos começam a 11 mil metros.
Dessa vez eles têm que começar a 909 metros.
O comandante faz um giro para a esquerda, passa o avião planando sobre a ponte George Washington e mira no rio.
Sua melhor aposta.
Em caso de pousos na água, pilotos são teinados para pousar próximos a barcos para que possam ser resgatados antes de afundar ou morrer congelados em águas frias.
O comandante Sully não poderia ter escolhido local melhor.
O Hudson ali é um canal de 15 metros de profundidade, sem obstruções, e a apenas poucos minutos de barco dos terminais de ferryboats de Manhattan.
Tudo é tão rápido que eles nem têm tempo de acionar o modo de 'pouso-na-água' do avião.
Um procedimento que estufa a fuselagem para haver menos impacto na água.
Três minutos e meio depois que os pássaros se espatifaram contra o avião ele avisa pelo interfone.
'Preparem-se para impacto'.
'Cabeças para baixo', gritam os comissários para os passageiros.
Câmeras de segurança num pier de Manhattan capturaram o pouso espetacular.
Quanto mais eu vejo [aqui] mais eu fico impressionada [começa aos 2:02].
O avião vem suave, como se fosse pousar em solo, e desliza de barriga pelo leito do rio.
Dois comissários descrevem como 'um pouso duro' - nada mais.
Um impacto.
Não há pulos.
E em seguida uma desaceleração gradual.
Nenhum comissário percebe que haviam pousado na água.
O que rapidamente muda quando a tripulação abre duas portas e um escorregador de água se abre automaticamente.
Os outros são acionados a mão.
Passageiros pegam colete salva-vidas e assentos infláveis.
No fundo do avião, uma comissária consegue impedir um passageiro de abrir a porta traseira.
Iria entrar uma torrente de água.
O jeito era sair pela frente.
Só quando os passageiros vão saindo é que ela começa a se sentir zonza.
É quando percebe que tem um corte profundo na perna - a única ferida grave de todos a bordo.
O comandante Sully - acho que já falei disso aqui no Migrante - percorre a cabine duas vezes antes de abandonar o avião
Quer se certificar de que não há mais ninguém a bordo.
Até sábado ele ainda não havia falado com a imprensa.
Mas, disse alguém no depoimento, ele não poderia estar mais contente que ninguém por ter conseguido tirar todo mundo do avião são e salvo.
E o avião?
Bem, o avião foi finalmente retirado do rio sábado à noite.
A parte de baixo da fuselagem está em frangalhos e retorcida.
Pedaços de painéis faltando mostram que o avião foi meio que 'descascado'.
Sinais de um pouso duro - forte o suficiente para a aeronave se partir mas suave e lento o suficiente para salvar 155 vidas.
Três minutos e meio.
E a diferença entre viver e morrer.
Mais informações sobre o depoimento da tripulação na matéria da AP.
La Guardia, aeroporto doméstico de Nova Iorque.
Três e vinte e cinco da tarde o vôo 1549 recebe autorização para decolagem.
Um minuto e meio depois já voa 200 metros acima da pista, direção norte.
No mesmo horário e no mesmo lugar pássaros voam majestosos em formação perfeita.
Tanto o piloto, comandante Sullenberger, quanto o co-piloto, Jeff Skiles, veem eles se aproximando.
Tudo indica que o bando vai passar por baixo da aeronave.
Mas quando o comandante 'Sully' percebe, eles já estão à sua frente.
Grandes.
Marrom escuro.
Muitos deles.
O primeiro instinto é embicar o avião para baixo.
Mas não dá tempo.
Vêm os baques.
Um cheiro de queimado.
E silêncio depois que as duas turbinas param.
Neste momento o Airbus A320 plana no céu apenas mil metros acima do Bronx.
As turbinas estão tão mortas que um comissário de bordo diz mais tarde, em depoimento, que parecia que estavam todos numa biblioteca.
Da decolagem ao pouso no rio foram, no total, cinco minutos.
Um minuto e meio quando tudo começa.
Os controladores de vôo não detectam os pássaros no radar e ainda dão instruções de subida quando o comandante Sully avisa no rádio que alguma coisa está muito errada.
'Aaah, aqui é Cactus 1549, perdemos força nas duas turbinas, estamos voltando para La Guardia'.
Apenas alguns segundos se passam, antes que ele anuncie outro destino.
La Guardia está muito longe.
Assim como Teterboro, aeroporto em Nova Jérsei.
O comandante percebe que seu avião está 'devagar, muito devagar' e perto de muitos prédios altos para dar tempo de chegar a algum aeroporto.
Seguir para Nova Jérsei é arriscar um choque 'catastrófico' numa vizinhança populosa.
'Não podemos fazer isso', diz ele para o controlador de vôo, 'vamos para o Hudson'.
Tudo isso faz parte dos depoimentos dos pilotos, dos três comissários de bordo e dos controladores de vôo, feitos ontem ao National Transportation Safety Board, a agência americana de aviação, similar ao nosso D.A.C.
Neles, podemos perceber o quão rápido as coisas aconteceram durante o vôo.
Que era para ser a última perna de um dia de quatro viagens.
A tripulação começara o dia em Pittsburgh, voara para Charlotte, na Carolina do Norte, fora para La Guardia e voltava para Charlotte naquela tarde.
Uma controladora de vôo disse que os pássaros vieram do nada.
Mas outros radares na região confirmam que a trajetória dos pássaros se encontrou com a do avião quando a aeronave estava a 879 metros.
Na cabine, os passageiros percebem na hora que alguma coisa está errada.
Ouvem um baque e depois o silêncio sinistro.
Uma névoa.
E os comissários sentem o cheiro de algo metálico queimando.
Um passageiro da primeira classe diz, 'acho que acertamos um pássaro'.
No cockpit o comandante Sully assume o vôo de Skiles.
O co-piloto havia feito a decolagem mas tem menos experiência com o Airbus.
'Sua aeronave', diz o co-piloto, ao passar o comando.
Enquanto o comandante rapidamente estabiliza o avião para evitar perda brusca de velocidade e pensa onde pousar, Skiles tenta fazer as turbinas voltarem a funcionar.
Ao mesmo tempo em que procura numa lista de três páginas procedimentos para pousos de emergência.
Em geral, esses procedimentos começam a 11 mil metros.
Dessa vez eles têm que começar a 909 metros.
O comandante faz um giro para a esquerda, passa o avião planando sobre a ponte George Washington e mira no rio.
Sua melhor aposta.
Em caso de pousos na água, pilotos são teinados para pousar próximos a barcos para que possam ser resgatados antes de afundar ou morrer congelados em águas frias.
O comandante Sully não poderia ter escolhido local melhor.
O Hudson ali é um canal de 15 metros de profundidade, sem obstruções, e a apenas poucos minutos de barco dos terminais de ferryboats de Manhattan.
Tudo é tão rápido que eles nem têm tempo de acionar o modo de 'pouso-na-água' do avião.
Um procedimento que estufa a fuselagem para haver menos impacto na água.
Três minutos e meio depois que os pássaros se espatifaram contra o avião ele avisa pelo interfone.
'Preparem-se para impacto'.
'Cabeças para baixo', gritam os comissários para os passageiros.
Câmeras de segurança num pier de Manhattan capturaram o pouso espetacular.
Quanto mais eu vejo [aqui] mais eu fico impressionada [começa aos 2:02].
O avião vem suave, como se fosse pousar em solo, e desliza de barriga pelo leito do rio.
Dois comissários descrevem como 'um pouso duro' - nada mais.
Um impacto.
Não há pulos.
E em seguida uma desaceleração gradual.
Nenhum comissário percebe que haviam pousado na água.
O que rapidamente muda quando a tripulação abre duas portas e um escorregador de água se abre automaticamente.
Os outros são acionados a mão.
Passageiros pegam colete salva-vidas e assentos infláveis.
No fundo do avião, uma comissária consegue impedir um passageiro de abrir a porta traseira.
Iria entrar uma torrente de água.
O jeito era sair pela frente.
Só quando os passageiros vão saindo é que ela começa a se sentir zonza.
É quando percebe que tem um corte profundo na perna - a única ferida grave de todos a bordo.
O comandante Sully - acho que já falei disso aqui no Migrante - percorre a cabine duas vezes antes de abandonar o avião
Quer se certificar de que não há mais ninguém a bordo.
Até sábado ele ainda não havia falado com a imprensa.
Mas, disse alguém no depoimento, ele não poderia estar mais contente que ninguém por ter conseguido tirar todo mundo do avião são e salvo.
E o avião?
Bem, o avião foi finalmente retirado do rio sábado à noite.
A parte de baixo da fuselagem está em frangalhos e retorcida.
Pedaços de painéis faltando mostram que o avião foi meio que 'descascado'.
Sinais de um pouso duro - forte o suficiente para a aeronave se partir mas suave e lento o suficiente para salvar 155 vidas.
Três minutos e meio.
E a diferença entre viver e morrer.
Mais informações sobre o depoimento da tripulação na matéria da AP.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Alô
Obama ligou para o Sully ontem à noite.
Papo rápido.
Tipo 5 minutos.
Só para cumprimentar e dizer o quão orgulhoso estava.
Pousar um A320 no meio de um rio não é moleza não.
Dois caras legais.
Papo rápido.
Tipo 5 minutos.
Só para cumprimentar e dizer o quão orgulhoso estava.
Pousar um A320 no meio de um rio não é moleza não.
Dois caras legais.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Cada País Tem A Flora Que Merece
O Serviço Secreto Americano prendeu hoje um homem que disse na internet que ia matar Obama.
Christopher - se chama a criatura - foi preso em Brookhaven, no Mississippi.
Pois esta semana o sujeito fez ameaças a Obama três vezes em chats em fóruns.
Hoje, ontem e domingo.
No domingo o bonitão postou no site Alien-earth.org algo assim:
'ok, temos 6 dias até meu Assassinato Presidencial.
Sim, eu decidi que vou assassinar Barack Obama.
Não é nada pessoal contra ele.
Ele fala bem, tem uma adorável porém controladora mulher e duas gracinhas de filhas.
Mas sei que é pelo bem do país que vou fazer isso.
Também não sou racista, minha família é um pouco, mas todas as famílias italianas e européias não o são?
...
Não, não é porque sou racista que vou matar Barack, é porque não posso mais permitir os parasitas judeus intimidando os americanos a se submeter a seus atos malignos ..."
E por aí foi o louco falando mal de Israel.
Vai dar roteiro em Hollywood.
Tipo O Silêncio dos Inocentes.
Até porque o débil escreveu.
'Barack, eu o vejo mais como uma ovelha de sacrifício, mas o sacrifício DEVE acontecer.'
E lá vai ele descrevendo como sair do Mississippi, ir até a posse, se valer do descuido da segurança para atirar em Obama.
O louco não tem arma.
Ainda bem.
Ontem e hoje ele voltou a botar posts de ameaças no forum.
Resultado.
Foi preso hoje, sem incidentes, pelos agentes do Serviço Secreto e a polícia local do condado de Lincoln.
Pela lei americana, ameaçar matar o presidente é crime.
Cinco anos de cadeia e multa de 250 mil dólares.
Para ler os textos integrais com as ameaças a Obama acesse aqui o blog da Lynn Sweet.
A velhinha de Chicago que vai fazer a melhor cobertura do governo de Barack.
Christopher - se chama a criatura - foi preso em Brookhaven, no Mississippi.
Pois esta semana o sujeito fez ameaças a Obama três vezes em chats em fóruns.
Hoje, ontem e domingo.
No domingo o bonitão postou no site Alien-earth.org algo assim:
'ok, temos 6 dias até meu Assassinato Presidencial.
Sim, eu decidi que vou assassinar Barack Obama.
Não é nada pessoal contra ele.
Ele fala bem, tem uma adorável porém controladora mulher e duas gracinhas de filhas.
Mas sei que é pelo bem do país que vou fazer isso.
Também não sou racista, minha família é um pouco, mas todas as famílias italianas e européias não o são?
...
Não, não é porque sou racista que vou matar Barack, é porque não posso mais permitir os parasitas judeus intimidando os americanos a se submeter a seus atos malignos ..."
E por aí foi o louco falando mal de Israel.
Vai dar roteiro em Hollywood.
Tipo O Silêncio dos Inocentes.
Até porque o débil escreveu.
'Barack, eu o vejo mais como uma ovelha de sacrifício, mas o sacrifício DEVE acontecer.'
E lá vai ele descrevendo como sair do Mississippi, ir até a posse, se valer do descuido da segurança para atirar em Obama.
O louco não tem arma.
Ainda bem.
Ontem e hoje ele voltou a botar posts de ameaças no forum.
Resultado.
Foi preso hoje, sem incidentes, pelos agentes do Serviço Secreto e a polícia local do condado de Lincoln.
Pela lei americana, ameaçar matar o presidente é crime.
Cinco anos de cadeia e multa de 250 mil dólares.
Para ler os textos integrais com as ameaças a Obama acesse aqui o blog da Lynn Sweet.
A velhinha de Chicago que vai fazer a melhor cobertura do governo de Barack.
Viva Sully
Errar é humano.
Acertar assim ... só os super-heróis.
Chesley B. "Sully" Sullenberg pousou um A320 no meio de um rio gelado.
Foi o último a deixar a aeronave.
E só saiu após percorrer o avião duas vezes para se certificar de que realmente não havia mais ninguém a bordo.
57 anos, mora na Califórnia.
Está na US Airways desde 1980.
Antes disso foi piloto da Força Aérea Americana durante seis anos.
Tem uma firma de segurança de vôo.
Está sendo chamado de Herói do Milagre do Hudson.
Merece todas as homenagens.
Salvou 155 pessoas e um bebê.
Um comandante de verdade.
Acertar assim ... só os super-heróis.
Chesley B. "Sully" Sullenberg pousou um A320 no meio de um rio gelado.
Foi o último a deixar a aeronave.
E só saiu após percorrer o avião duas vezes para se certificar de que realmente não havia mais ninguém a bordo.
57 anos, mora na Califórnia.
Está na US Airways desde 1980.
Antes disso foi piloto da Força Aérea Americana durante seis anos.
Tem uma firma de segurança de vôo.
Está sendo chamado de Herói do Milagre do Hudson.
Merece todas as homenagens.
Salvou 155 pessoas e um bebê.
Um comandante de verdade.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
O Avião, O Rio & O Twitter
Dessa vez eu só não soube do avião primeiro pelo Twitter porque ... bem, não estava no Twitter na hora em que o AirBus A320 pousou no meio do Hudson.
Dessa vez vi primeiro numa TV no trabalho que estava ali numa parede, sem áudio ou alguém que naquele momento prestasse atenção à ela.
Quando a palavra plantão e umas imagens nonsense surgiram na TV, coitada, calada, alguém alertou.
'Ih, quiéquiloali?'
Aumentamos o volume e ficamos sabendo o que aquela quantidade de barco fazia ao redor de um negócio que, nossa-num-parece-um-avião?.
Sabendo do que se tratava, não deu outra.
Correr para o Twitter para ... twittar.
E não demorou muito.
Enquanto as agências e TVs repetiam as mesmas imagens, um avião cercado de barcos, já surgia no Twitter a primeira foto incrível.
Essa aqui.
A imagem que nenhum jornal, portal, TV, whatever, naquele momento já tinha.
Mas a rede social sim.
O avião sozinho no meio do rio.
Com passageiros amontoados nas asas a espera de alguém, algo, alguma coisa.
Imagem que só foi parar nas outras mídias horas depois.
Algumas delas até agora ainda não deram nada assim.
E assim foi.
Imagem atrás de imagem se propagando.
Agora, no momento em que blogo este post, cinco horas depois do acidente, esta foto aqui já foi vista por quase 50 mil pessoas.
Foi tirada por alguém que estava dentro de um ferry - um dos primeiros a chegar para resgatar os passageiros.
Uploadada e distribuída de graça na velocidade que nenhuma outra mídia tem.
Dessa vez vi primeiro numa TV no trabalho que estava ali numa parede, sem áudio ou alguém que naquele momento prestasse atenção à ela.
Quando a palavra plantão e umas imagens nonsense surgiram na TV, coitada, calada, alguém alertou.
'Ih, quiéquiloali?'
Aumentamos o volume e ficamos sabendo o que aquela quantidade de barco fazia ao redor de um negócio que, nossa-num-parece-um-avião?.
Sabendo do que se tratava, não deu outra.
Correr para o Twitter para ... twittar.
E não demorou muito.
Enquanto as agências e TVs repetiam as mesmas imagens, um avião cercado de barcos, já surgia no Twitter a primeira foto incrível.
Essa aqui.
A imagem que nenhum jornal, portal, TV, whatever, naquele momento já tinha.
Mas a rede social sim.
O avião sozinho no meio do rio.
Com passageiros amontoados nas asas a espera de alguém, algo, alguma coisa.
Imagem que só foi parar nas outras mídias horas depois.
Algumas delas até agora ainda não deram nada assim.
E assim foi.
Imagem atrás de imagem se propagando.
Agora, no momento em que blogo este post, cinco horas depois do acidente, esta foto aqui já foi vista por quase 50 mil pessoas.
Foi tirada por alguém que estava dentro de um ferry - um dos primeiros a chegar para resgatar os passageiros.
Uploadada e distribuída de graça na velocidade que nenhuma outra mídia tem.
Meninos, Eu Vi!
Sir.
Pra começar ele é Sir.
Sir Tim Berners-Lee.
E ele vem aí.
Semana que vem estará aqui no Brasil na Campus Party 2009.
Estarei lá.
Pela segunda vez vou sair de casa na maior expectativa para ver o cara que inventou o WWW.
Não é pouca coisa não.
Tim Berners-Lee é nada mais nada menos que o criador da World Wide Web.
Geração do CERN, laboratório-caixinha-de-mágica de Genebra.
Inglês, 55 anos, alto.
Engraçado pra caramba.
Humor inglês.
Lee é daquelas pessoas extremamente inteligentes e que falam rápido, muito rápido, embolando cada frase mais irônica que a outra ... na outra.
Uma alma Monty Phyton.
Tive a sorte de assistir a uma palestra dele no século passado.
1999.
Auge das ponto.com.
Boom da Nasdaq.
Gente fazendo dinheiro na casa de um milhão de dólares, fácil, fácil, como, por exemplo, registrando domínios com palavras-chave - drugs.com, coisas assim.
E foi nessa vibe de mundo que eu me encantei com o nosso Dom Quixote da rede.
Tim Berners-Lee é o lado B do Vale do Silício.
Inventou o WWW e não é milionário.
Acredita em e trabalha por - uma internet livre.
É, por exemplo, contra a posse de domínios.
Acha que ficar inventando domínios além do .com, coisas como .biz, .isso, .aquilo é transformar a internet em real state.
Bem, e a gente tá vendo aí no que deu o mercado imobiliário, né?
Segue o fluxo.
Em 99 ele lançava o livro Weaving the Web: Origins and Future of the World Wide Web .
Foi a Nova Iorque para uma palestra gratuita na B&N.
Eu, achando que a humanidade estaria aglomerada na porta da livraria, saí cedo de casa.
Falei, 'putz, o pai da internet, se vacilar, eu não consigo entrar'.
Que nada.
Nova Iorque, em 99, só queria saber dos Nasdaq Boys.
A palestra não estava vazia mas também não estava cheia.
E a cada vez que aquele inglês engraçado mezzo-John-Cleese-mezzo-Stephen-Fry falava com a maior naturalidade do mundo, 'aí quando a gente inventou o www', eu olhava para os lados e pensava, 'gente, a gente tá na frente de um cara que é história'.
Ao fim da palestra fui lá pedir autógrafo.
Sim, eu peço autógrafo para quem inventa a internet.
Guardo até hoje o livro com carinho.
Tim Berners-Lee lançou o primeiro site do mundo no dia 6 de agosto de 1991.
E o que tinha nessa primeira página em rede?
Bem, o óbvio.
Explicações sobre o que era a WWW, como se usava o browser e como montar um servidor.
Lee sempre fez parte da ala da internet livre, generosa, humana, construtiva, de todos, para todos.
Enquanto o Vale do Silício e seus empreendedores correm atrás dos killers-it-products para se transformarem nos novos zilionários da hora, Tim e a galera do MIT pensam numa internet educativa, que zere o abismo digital entre as bandas de 10G e as crianças de quinto mundo.
Global Sharing.
Assim como foi seu WWW.
Assim como são as idéias do 3COMFounders, do DIG (Decentralized Information Group), instituições onde ele é atuante.
É por isso que eu tenho orgulho em dizer.
Meninos, eu vi Tim Berners-Lee.
E vou ver de novo.
Enquanto eu tiver a oportunidade, sempre vou sair de casa empolgada para ver um personagem da história à minha frente.
Ainda mais se for o cara que inventou a roda.
Ops, quero dizer, a rede.
[acesse o site do Tim Berners-Lee]
Pra começar ele é Sir.
Sir Tim Berners-Lee.
E ele vem aí.
Semana que vem estará aqui no Brasil na Campus Party 2009.
Estarei lá.
Pela segunda vez vou sair de casa na maior expectativa para ver o cara que inventou o WWW.
Não é pouca coisa não.
Tim Berners-Lee é nada mais nada menos que o criador da World Wide Web.
Geração do CERN, laboratório-caixinha-de-mágica de Genebra.
Inglês, 55 anos, alto.
Engraçado pra caramba.
Humor inglês.
Lee é daquelas pessoas extremamente inteligentes e que falam rápido, muito rápido, embolando cada frase mais irônica que a outra ... na outra.
Uma alma Monty Phyton.
Tive a sorte de assistir a uma palestra dele no século passado.
1999.
Auge das ponto.com.
Boom da Nasdaq.
Gente fazendo dinheiro na casa de um milhão de dólares, fácil, fácil, como, por exemplo, registrando domínios com palavras-chave - drugs.com, coisas assim.
E foi nessa vibe de mundo que eu me encantei com o nosso Dom Quixote da rede.
Tim Berners-Lee é o lado B do Vale do Silício.
Inventou o WWW e não é milionário.
Acredita em e trabalha por - uma internet livre.
É, por exemplo, contra a posse de domínios.
Acha que ficar inventando domínios além do .com, coisas como .biz, .isso, .aquilo é transformar a internet em real state.
Bem, e a gente tá vendo aí no que deu o mercado imobiliário, né?
Segue o fluxo.
Em 99 ele lançava o livro Weaving the Web: Origins and Future of the World Wide Web .
Foi a Nova Iorque para uma palestra gratuita na B&N.
Eu, achando que a humanidade estaria aglomerada na porta da livraria, saí cedo de casa.
Falei, 'putz, o pai da internet, se vacilar, eu não consigo entrar'.
Que nada.
Nova Iorque, em 99, só queria saber dos Nasdaq Boys.
A palestra não estava vazia mas também não estava cheia.
E a cada vez que aquele inglês engraçado mezzo-John-Cleese-mezzo-Stephen-Fry falava com a maior naturalidade do mundo, 'aí quando a gente inventou o www', eu olhava para os lados e pensava, 'gente, a gente tá na frente de um cara que é história'.
Ao fim da palestra fui lá pedir autógrafo.
Sim, eu peço autógrafo para quem inventa a internet.
Guardo até hoje o livro com carinho.
Tim Berners-Lee lançou o primeiro site do mundo no dia 6 de agosto de 1991.
E o que tinha nessa primeira página em rede?
Bem, o óbvio.
Explicações sobre o que era a WWW, como se usava o browser e como montar um servidor.
Lee sempre fez parte da ala da internet livre, generosa, humana, construtiva, de todos, para todos.
Enquanto o Vale do Silício e seus empreendedores correm atrás dos killers-it-products para se transformarem nos novos zilionários da hora, Tim e a galera do MIT pensam numa internet educativa, que zere o abismo digital entre as bandas de 10G e as crianças de quinto mundo.
Global Sharing.
Assim como foi seu WWW.
Assim como são as idéias do 3COMFounders, do DIG (Decentralized Information Group), instituições onde ele é atuante.
É por isso que eu tenho orgulho em dizer.
Meninos, eu vi Tim Berners-Lee.
E vou ver de novo.
Enquanto eu tiver a oportunidade, sempre vou sair de casa empolgada para ver um personagem da história à minha frente.
Ainda mais se for o cara que inventou a roda.
Ops, quero dizer, a rede.
[acesse o site do Tim Berners-Lee]
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Gaza Na Rede
Uma das comunidades que mais cresce no Facebook nos últimos dias é a de apoio aos palestinos de Gaza.
Se chama Let's collect 500000 signatures to support the Palestinians in Gaza.
E ela chegou lá.
Hoje, terçå, a comunidade já registra 540.152 usuários.
A área de discussão [Discussion Board] tem 1.171 tópicos.
São 25.970 posts.
1.693 fotos.
94 vídeos.
Se chama Let's collect 500000 signatures to support the Palestinians in Gaza.
E ela chegou lá.
Hoje, terçå, a comunidade já registra 540.152 usuários.
A área de discussão [Discussion Board] tem 1.171 tópicos.
São 25.970 posts.
1.693 fotos.
94 vídeos.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Wall-opp
A sondazinha valente aí na foto da Nasa é a Opportunity.
Favor não confundir com a Mars Phoenix, a popstar que até twitta e tem mais de 40 mil seguidores.
[incluindo eu @MarsPhoenix]
Opportunity é uma robozinha dura na queda.
Pousou em Marte no dia 24 de janeiro de 2004.
E de lá para cá faz seu trabalho com disciplina.
Enviar fotos do planeta vermelho.
Opp [apelido carinhoso dado por mim mesma] foi mandada à Marte sob a promessa de que trabalharia naquele planeta distante e solitário por apenas três meses.
Cientistas não têm palavra.
Nunca a deixaram parar.
E assim lá vai Opp.
Para lá e para cá.
De cratera em cratera.
Nos últimos dois anos trabalhou inspecionando a cratera Victoria.
No fim do ano passado, dia 23 de dezembro, mandaram Opportunity andar novamente.
E lá foi ela.
Sem discussão.
Humilde, sempre seguindo as ordens.
São 7 milhas até chegar.
Uns onze quilômetros.
De pedrinha em pedrinha neste solo esquisito que é o de Marte.
Aqui Opp parou para examinar Santorini, uma rocha negra, no meio do caminho.
Tudo indica um meteorito.
Opp é valente e não tem medo.
Xereta tudo.
Por isso dia 24 de janeiro agora vamos dar parabéns ao Mac.
[o computador Macintosh faz 25 anos]
Mas não vamos esquecer da nossa guerreirazinha, Opportunity.
Cinco anos em Marte.
Sempre fiel aos homens e à Ciência.
Favor não confundir com a Mars Phoenix, a popstar que até twitta e tem mais de 40 mil seguidores.
[incluindo eu @MarsPhoenix]
Opportunity é uma robozinha dura na queda.
Pousou em Marte no dia 24 de janeiro de 2004.
E de lá para cá faz seu trabalho com disciplina.
Enviar fotos do planeta vermelho.
Opp [apelido carinhoso dado por mim mesma] foi mandada à Marte sob a promessa de que trabalharia naquele planeta distante e solitário por apenas três meses.
Cientistas não têm palavra.
Nunca a deixaram parar.
E assim lá vai Opp.
Para lá e para cá.
De cratera em cratera.
Nos últimos dois anos trabalhou inspecionando a cratera Victoria.
No fim do ano passado, dia 23 de dezembro, mandaram Opportunity andar novamente.
E lá foi ela.
Sem discussão.
Humilde, sempre seguindo as ordens.
São 7 milhas até chegar.
Uns onze quilômetros.
De pedrinha em pedrinha neste solo esquisito que é o de Marte.
Aqui Opp parou para examinar Santorini, uma rocha negra, no meio do caminho.
Tudo indica um meteorito.
Opp é valente e não tem medo.
Xereta tudo.
Por isso dia 24 de janeiro agora vamos dar parabéns ao Mac.
[o computador Macintosh faz 25 anos]
Mas não vamos esquecer da nossa guerreirazinha, Opportunity.
Cinco anos em Marte.
Sempre fiel aos homens e à Ciência.
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