quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vamos Falar De

Que tal livros?
Finalmente consegui abandonar o computador para ler algo em papel.
Culpa de Stephenie Meyer.
A mamãe mórmon da saga dos vampiros.
E atenção.
É Stephenie mesmo.
Com "e" e não "a".
Atravessei com galhardia a saga Twilight.
4 livros.
Só o último, Breaking Dawn, tem 768 páginas.
Se eu gostei?
Olha, gostei.
Stephenie não é Anne Rice.
E Anne Rice já não era assim, digamos, um valor do texto literário.
O mérito de ambas é criar um universo.
Por isso, assim como no início dos anos 90 me dediquei à saga do vampiro Lestat, agora, no fim dos anos 2000, me dediquei à saga de Bella & Edward.
O que eu mais gostei foi entender como Stephenie acertou a mão.
Seus vampiros são pop.
Dão Google que nem nós.
Bella é a cara das gurias high-schoolers que acham que não pertencem mas soooo pertencem.
Se não fosse amiga dos vampiros, seria bruxa, estudaria em Hogwarts e iria hang out com Hermione, Rony e Harry.
Os lobisomens de Stephenie também são legais.
Vampiros e lobisomens ao redor de Seattle.
Gostei.

Mas.
Como sempre.
O problema é o filme.
Se em 1994 eu passei mal de raiva com o filme de Neil Jordan, 15 anos depois passei mal com a adaptação de Twilight.
Lá no século passado Tom Cruise não me convenceu.
Aliás, por Anne Rice, Rutger Hauer seria Lestat.
Depois ela até aprovou Cruise.
Só ela.
Porque eu jamais aprovarei.
O Lestat dos meus livros nunca foi aquela insossidão [inventei agora, reforma] de Tom Cruise.
Brad Pitt, então, conseguiu fazer o pior Louis que alguém conseguiria fazer.
Kirsten Dunst fez uma Claudia razoável.
Eu e zilhares de fãs sempre sonhamos com Christina Ricci, que chegou até a fazer testes e quase foi escolhida.
Mas nada se compara à raiva que passei quando vi Antonio Banderas destruir meu vampiro preferido de todos os tempos.
Armand.
Armand sempre foi meu personagem predileto de toda a saga Lestat.
O imaginava como nas palavras de Anne Rice.
Um vampiro sábio que atravessava o tempo.
Até aparecer na tela aquele Antonio Banderas ridículo ... de perucão!
Meu mundo caiu.
Banderas conseguiu a maior mistura de inexpressividade com pateticidade [isso existe, reforma?] que alguém já conseguiu imputar a um personagem.
Só não chorei porque guardo minhas lágrimas para a tristeza e não para o ódio.
Mas desde o dia em que aquele perucado [afe] apareceu à minha frente caíram Armand e meu encanto pela saga.
Não dava para cultuar um Armand tão ridículo.
Anos depois Anne Rice veio ao Brasil, conhecer o Teatro Municipal, no Rio, para escrever uma passagem num dos livros.
Mas nada me levou de volta ao seu mundo.
E Antonio Banderas entrou para minha lista negra.
Tomei tanto pavor da criatura que devo ser a única pessoa sobre a face da Terra a não se comover com a cara de idiota do Gato de Botas do Shrek.
Não pelo desenho em si, porque o Gato é fofo.
Mas só de ouvir a voz de Banderas passo mal.
Lixo.
Em Shrek meu mundo é o burro.
Donkey rules.

Bem.
2009.
Banderas, Cruise e Pitt ficaram para trás.
Estou eu lá encantada com Bella, Edward, os Cullen, Forks, a cidadezinha onde eu até gostaria de morar, ser amiga do Jacob e tal, quando me aparece o filme.
Produção de Guy Oseary, o homem da Madonna e da Michelle Alves.
Eu, assim como a teenarada do mundo inteiro, na maior ansiedade.
E eis que surge na tela o pior. casting. ever.
Aí não dá.
Por que diabos as duas últimas grandes sagas de vampiros mereceram filmes tão ruins?
Maldição.
Destino.
Quando vi Robert Pattinson de Edward Cullen passei mal.
Como há 15 anos, de raiva.
Perto de Pattinson, não é que Banderas até atuou?
Pattinson é ruim demais.
E arrastou Edward, no cinema, para o túmulo.
E não é só ele.
O casting todo é um equívoco.
Kristen Stewart até que não é de todo horrorosa.
Não é a Bella que eu sonhei.
Mas, bem, enfim, nunca é.
Passaria.
Se o restante do elenco não fosse constrangedoramente péssimo.
De todos, só Ashley Greene e Billy Burke ainda se salvam na pele de Alice Cullen & Charlie Swan.
Carlisle, Esme, personagens tão legais criados por Stephenie, todos foram parar no lixo na versão para cinema.
E o pior é que já estão gravando o segundo, New Moon.
E já tem diretor escalado para o terceiro, Eclipse.

Vai ser duro de aturar.
Nem quero ver gravações no Brasil.
Será que eles vêm para cá, como fez Anne Rice lá atrás?
Duvido.
Serão uma ilha e uma floresta amazônica hollywoodescas com atores falando aquele português de cinema que a gente conhece .
O problema de Twilight no cinema é que como se não bastassem atores ruins, direção pífia, ainda temos os efeitos especiais mais constrangedores da década.
O que vem a ser Bella e Edward voando em cena?
Barbaridade.
Constrangedor.
O jogo de beisebol também deixou muito a desejar.
Tudo bem que Stephenie deu assim, digamos, uma copiada no quadribol mais famoso do mundo.
Nada, em minha nada parcial opinião, jamais superará uma partida de Quadribol em Hogwarts.
J.K. Rowling é mestre.
Imitadores sempre ficarão uma categoria abaixo.
Mas o beisebol de Twilight, o filme, deixa muitíssimo a desejar.
Suspiro desanimado.
Tudo bem, vamos lá.
A vida segue.
Meus vampiros teens também.
Desta vez não será um equívoco de Hollywood o que vai me afastar do universo de Forks.
Vou tentar ler os outros e futuros livros de Stephenie.
Talvez até retome Anne Rice.
E só isso já fez valer a viagem Twilight.
Se valer a regra, quem sabe daqui a 15 anos alguém não cria outro clã de vampiros.
E finalmente Hollywood não faz um filme pop-blockbuster-vamp que preste?

3 comentários:

Bia Arêas disse...

Sabe q eu até gosto do Cruise como Lestat?
o q eu (e toda a torcida do mengão) não engoli foi o armand do banderas...q decepção!
tenho o twilight aqui no meu micro, mas aind não tive vontade de ver. quem sabe neste findi?
beijocas

Moderador disse...

queria tanto saber o que tu acha de TRUE BLOOD...
eu mandei fazer minha carterinha de sócio do clube!

Guta Nascimento disse...

[eu adorei true blood]
[assisti aos 12 epis de uma tacada]
[comprei a música de abertura no iTunes]
[vou ler as crônicas de Sookie Sackhouse]
[tô louca para ver a segunda temporada]
[mas só no verão americano]
[7 epis já gravados]
[adoro o ator que faz o jason]
[o que diabos será maryam?]