Mais da Tropa de Elite

O homem-lenda Zé José, identidade de super-herói do crítico de cinema Eduardo Souza Lima, bota lenha na fogueira da pirataria do 'Tropa de Elite'.
Zé critica as declarações do diretor do filme, José Padilha, quando ele reclama que quem compra DVD pirata prejudica pais de família que vivem da atividade cinematográfica no Brasil.
Para nosso herói, "Não é bem assim: graças à política cultural de incentivo fiscal vigente, os filmes já chegam pagos aos cinemas e os profissionais que nele trabalham são previamente remunerados. Ademais, um filme que custou R$ 10,5 milhões dificilmente se pagará apenas com o dinheiro arrecadado nas bilheterias dos cinemas do Brasil — certamente não dará lucro algum. O diretor fala de indústria cinematográfica brasileira, termo que não passa de peça de ficção. Que indústria é essa que é totalmente dependente do dinheiro público? Se um filme é feito com dinheiro de impostos — que poderia ser revertido para educação, saúde e segurança, por exemplo — ele não é só do seu produtor, pertence também a qualquer cidadão — que, ao menos em teoria, tem direito a educação saúde e segurança públicas gratuitas. Por causa de "Tropa de elite", ele foi obrigado a abdicar de, digamos, uma caixa de giz e um pacote de esparadrapo. Se não teve direito de escolha, que ao menos tenha o de usufruir da obra pela qual pagou."
Vale a pena ler o artigo inteiro no Blog do Zé Pereira.