Num dia de poucos posts fico feliz de saber que o Migrante não foi o único a ficar intrigado com as declarações no Senado de Evandro Guimarães, vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo.
Samuel Possebon, do Tela Viva News, jornalista-referência em mercado de TV no Brasil, também decidiu investigar a polêmica.
Hoje, via Adnews, tentei mais uma vez entender o raciocínio.
Segundo Possebon, as acusações do VP da Globo são específicas em relação à "publicidade que é comercializada fora do País, mas que atinge o mercado brasileiro nos canais pan-regionais".
Entenderam ?
Eu não ... mas continuei tentando.
Em seu post, Possebon diz que, para Evandro, "os comerciais produzidos no Brasil e vendidos aqui geram empregos no Brasil, e isso é bom. O problema é que há marcas mundiais, pan-regionais, que fecham pacotes lá fora, geram empregos lá fora, produzem seus comerciais lá fora e isso vem como parte de uma programação vendida no Brasil".
Entenderam agora ?
E não ... mas parti para a próxima explicação:
Segundo Evandro, "Contrabando é a transferência de riquezas na marra, sem contrapartidas para o país. Por isso essas práticas são contrabando sim, porque estão vendendo lá fora a audiência e o poder de compra de brasileiros."
Confesso que já estava quase desistindo quando li que para Evandro, "o mais grave não é esse fato em si, mas o que ele pode significar."
E continuou:
"O que eu quero chamar a atenção é para a questão do conteúdo, que pode ser produzido e viabilizado economicamente lá fora, sem gerar nenhum tipo de contrapartida para o País, e ser distribuído pelos meios convergentes por aqui. Esse é o problema grave, e o exemplo da programação internacional da TV paga, com esses casos de publicidade comercializada lá fora, é bom para ilustrar essa minha preocupação".
Aaah, aí, finalmente, entendi tudo ...
Pra quem ainda está em dúvida, uma dica.
Recomendo, mais uma vez, a todos, lerem o estudo da IBM sobre o clash das novas x velhas mídias ...
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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