Eu adoro viajar pelo interior de São Paulo.
Mais do que conhecer cidades, o que eu gosto mesmo é de conhecer gente.
Hoje eu conheci a Dona Claricinda.
Essa aí da foto à esquerda.
Dona Claricinda tem 80 anos.
Eu sei, não parece.
Eu também duvidei.
Mas ela tem.
Qual o segredo?
Trabalhar.
Manter a alma leve.
Todos os dias Dona Claricinda acorda às seis da manhã.
Faz ginástica.
Em casa mesmo.
Depois parte para seu passatempo predileto.
Aguar as plantas.
Samambaias, jambolões, mangueiras, espadas-de-são-jorge.
O quintal tem de tudo um pouco.
De tão dedicada, conseguiu o impossível.
Cuida de um pé-de-hortênsias azuis.
Conseguir deixar vivo um pé-de-hortênsia numa cidade que com facilidade chega aos 40 graus, acreditem, é de se tirar o chapéu.
Só mesmo com muito amor.
Muita dedicação.
E muita água.
Que ela não cansa de jogar sobre suas plantinhas.
Dona Claricinda é um daqueles exemplos que eu tanto gosto de admirar no interior de São Paulo.
É uma gente trabalhadora.
Que tem orgulho de acordar cedo, trabalhar, construir, empreender.
Gente para quem honestidade não é virtude, é obrigação.
Para quem trabalho é dignidade.
E assim, lá vai Dona Claricinda, que já é bisavó.
Tem uma bisnetinha linda, a Fernanda.
Que, a exemplo da bisa, já adora sair arrastando a mangueira para molhar as plantinhas.
É uma gente bacana.
Que passa aos filhos a grandeza na qual vivem de maneira tão simples.
Tal e qual Dona Claricinda passou à Dona Eunice, sua filha, de 53 anos, com ela na foto à direita.
Dona Eunice ainda não pinta cabelo.
Tem pouquíssimos fios brancos.
Herdou da mãe a leveza que lhes dá a eterna juventude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário