quinta-feira, 27 de março de 2008

Migrante Aérea

Que eu sumi nos últimos dias os amigos leitores já perceberam.
Mas e se eu dissesse que após os vôos de segunda e o da volta, na terça, eu já voei de novo !
Vocês acreditariam ?
Pois é.
Alguém aí quer se candidatar a voluntário na campanha Ajude Uma Migrante Aérea a Bater Fidel ?
Porque acreditem vocês ou não, ontem, quarta, voei de jatinho.
Fui para o interior de São Paulo num avião de 7 lugares.
Debaixo de chuva.
Muita chuva.
Pra decolar já foi necessária uma autorização especial do Campo de Marte.
E pra pousar, uma autorização especial de Deus.
Porque a chuva era um senhor pé d'água.
Alguém aqui já voou de jatinho na chuva ?
É uma emoção.
Porque além de balançar o avião até dizer chega, a chuva forte provoca imagens dignas de um filme psicodélico - bem anos LSD.
Uma coisa.
E alguém aí já voou de jatinho, debaixo de chuva, e naquelas poltronas em que você fica de costas ?
Sim.
Eu mereço vencer Fidel Castro.
E o mais engraçado de tudo é que contando assim parece um filme de terror.
Mas eu já voei tanto - e de tudo que é jeito - que no fim das contas a viagem até que foi divertida.
Apesar do balanço, os passageiros eram animados e lá fomos nós, sacolejando e tricotando até o destino final.
42 minutos de costas no espaço aéreo.
Se eu enjoei ?
Não.
Desisti de enjoar quando fiz o TGV de costas.
Sair de Paris - de ré - e ir até Londres - de ré - desenjoam qualquer pessoa.
Duas horas e meia vendo o mundo andar de costas.

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