quinta-feira, 20 de março de 2008

O Blues Da Ponte

Você provavelmente não aguenta mais ler a mesma coisa aqui.
Lamento.
Mas blogo, novamente, morrendo de sono, do saguão de embarque de Congonhas.
É.
Quando não é Congonhas, é Santos Dumont ...
Feriadão, hein, pensa vocé ...
Foi a mesma coisa que pensou um amigo que acabo de encontrar, de bermuda, tranquilíssimo, a caminho de Florianópolis.
Não, não sou assim tão abençoada pelos deuses.
O meu é mais um vôo a trabalho.
Um bate-e-volta com 'Lanche Quente da Tam'.

Sei não, às vezes acho que tenho mais horas de vôo do que Fidel Castro de discursos.
Tá.
Menos.
Deixa eu ver.
Devo ter mais horas de vôo do que Barack Obama de palanque, vai.

Já voei de tudo que é coisa na vida.
Avião grande, avião pequeno, avião gigante, avião sem porta ...
Sim, sem porta, eu mesma arranquei a porta.
Quer dizer, pedi para o piloto arrancar.
Era para filmar a Hidrelétrica de Serra da Mesa, em Goiás.
O aviãozinho tinha apenas 4 lugares.
Deu tudo certo.
Amarrei a câmera com 4 extensores daqueles de garupa de moto.
Só esqueci de amarrar o louco do cinegrafista, que, sem porta, decidiu tirar o cinto de segurança para ter mais ângulo.
Ele com mais ângulo e eu com mais taquicardia segurando o sujeito pelo cós da calça jeans.

Bom, mas deixa eu lembrar.
Já voei de balão, nas planícies do Nepal, de frente pra Cordilheira do HImalaia.
Inesquecível, até porque passei boa parte do vôo atormentando o piloto australiano achando que íamos dar de cara com um avião que vinha lá ao longe.
E quem já andou de balão sabe que não há nada mais emocionante do que o pouso - naquela cestinha safada - que n-u-n-c-a n-u-n-q-u-i-n-h-a pousa em pé.
Também já voei de ultra-leve e helicóptero russo sucata da Guerra Fria.
De chumaços de algodão enfiados na orelha pra não ficar surda.
Aliás voar sem pressurização de cabine é quase uma especialidade minha.
Sou Migrante Aérea também - do tempo em que íamos de Bandeirante pra Fernando de Noronha.
Aliás, por falar em arquipélago, alguém já voou sozinho aí dentro de um avião ?
Só piloto, co-piloto, e você de passageiro, a única pessoa a deixar Noronha num primeiro de janeiro ?
Pois eu já.
Mas solidão a bordo não é tão marcante assim.
Experimente sobrevoar a África num avião de carga sem pressurização e você batendo os queixos de frio naquela altitude.
Só serviu para tirar uma foto histórica.
Eu e o mesmo avião de Casablanca.
Isso mesmo.
Na África ainda se voa naquele elefantinho.
Me senti a Ingrid Bergman.

Mas continuemos porque, sei não, acho que meu vôo vai atrasar.
Deixa eu lembrar.
Ih, falando no diabo aparece o rabo.
Meu vôo mudou de portão.
Do 2 pro 15.
É Congonhas,
Num feriado.

3 comentários:

Dieta já disse...

Viajei muito.
Agora.
Só lendo este post.

Mas tem um porém: viagem de balão.
A sensação de sentir aquela chama acesa na cabeça, o tempo inteiro (e às vezes com maior intensidade)é terrível. Ainda mais em um verão escaldante. Pra piorar, o balão da WWF-Brasil, em que eu estava, durante um fórum social mundial, caiu no Guaíba. Fiquei com água até os joelhos. Depois, conseguimos subir. E fomos cair em um campo do exército, trancado, cheio de cercas e sem ninguém para abrir os portões em um sábado à tarde... bah... Balão, não. Foi uma vez por todas.
Não quero ir de novo. Tenho medo.

Anônimo disse...

Olha o Crisssssss aí gente...Guta, minha lindinha nã sabia dessa tua vida de 'voadora'não??? Que tudo isso,heim? fina,elegante,sincera e agora 'voadora'.Bks e voa,voa alto porque o céu é o limite...

Anônimo disse...

Guta, kd tu?
E os babies felinos?
Léo e Cléo mandam beijos e miadinhos. Acham q eles não gostariam de ser tão voadores. Aliás, nem eu, q só de pensar em estar num saguão de aeroporto, dá vontade de voltar pra casinha de caracol...fazer o q? Nessas horas, o capricórnio fala mais alto que o ascendente leão, hehehe!
Beijão, com saudades