segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Era So O Que Nos Faltava

Muammar Khadafi agora é produtor de cinema.
O ditador vai investir 50 milhões de dólares num filme sobre a ocupação italiana na Líbia.
O documentário, que começa a ser filmado no início do ano que vem, vai se chamar "Years of Torment" ou "Dhulm" em árabe.
Pretende recontar as três décadas de ocupação da Itália (de 1911 a 1943) através de depoimentos escritos a mão por líbios e testemunhas internacionais.
Diz-se que os italianos mandaram milhares de líbios para campos de concentração no deserto.
Há quem diga que um quarto da população da Líbia chegou a ser dizimada no período.
O filme terá um produtor testa-de-ferro, o sírio Najdat Anzour.
E com a grana de Khadafi, o cidadão já começa o show em grande estilo.
O projeto ia ser anunciado ontem em Roma numa coletiva de imprensa com jornalistas convidados do mundo inteiro.
Tudo pago, a maior boca-livre.
A fofoca é que só esse lançåmento já ia custar uns 400 mil dólares.
Será o cara um Robert Evans, um Weinstein Bros. ou um Barretão ?
Vai saber.
Bom, a Líbia não faz um filme desde 1981 quando foi rodado "The Lion of the Desert".
Curiosamente, ó puxa vida, sobre o mesmo assunto.
E, curiosamente, ó puxa vida de novo, humpf, com Anthony Quinn no papel de líder da resistência.
Kadhafi, nossa, que coisa, era também o produtor.
Aliás alguém sabe de alguma coisa que se faça na Líbia sem ele ???
O governo italiano, claro, baniu o filme em seu solo, alegando que a película era infiel à realidade ou algo do gênero.
Tá.
Quem quiser saber mais sobre o novo Hollywood mogul pode ler aqui na Variety.
E, pra terminar, mais uma fofoquinha, wiki.
A língua árabe e as pronúncias regionais da Líbia permitem que o nome de Khadafi seja escrito de "n" maneiras no alfabeto latino.
Muammar al-Gaddafi, Moammar Gadhafi, Muammar al-Qadhafi, Mu'ammar Al-Qadhafi, Muammar al-Khadafi.
Mas o comandante, que se vier ao Brasil corre o risco de ser carinhosamente batizado de 'Mumu da Libí', prefere Moammar El-Gadhafi, Muammar Gadafi ou al-Gathafi.
Democrático ele, não ?

Nenhum comentário: