sábado, 27 de outubro de 2007

Par ou Impar ?

Um curso para quem ama Filosofia e Jogos.
É o Discursus, do Antônio Rogério Silva.
O primeiro curso online sobre a Teoria dos Jogos e da Cooperação.
E o que vem a ser isso ?
Nas palavras do site, lá você encontra 'os principais conceitos, os modelos de jogos, as estratégias, pontos de equilíbrio e a melhor maneira de tomar uma decisão em interações que envolvam os interesses de agentes egoístas.
Os problemas éticos e cognitivos revelados pelos jogos e explicados num curso amplo dividido em duas seções, que abordam desde os aspectos históricos às técnicas de simulação por computador.'
Vale, porém, avisar que:
Antes de ser mestre em Jogos, Antônio Rogério Silva é o Roger.
Mais uma figura lendária dos corredores da ECO, a Escola de Comunicação da UFRJ.
Por isso o site é legal.
Tanto para acadêmicos como não acadêmicos.
Vejam algumas das informações que achei por lá.

Jogos de tabuleiro, dados, cartas ou, em geral, jogos de salão divertem a humanidade desde a formação das primeiras civilizações.
Escavações feitas em sítios arqueológicos localizados na região do Oriente Médio conhecida como Mesopotâmia encontraram em túmulos de nobres e membros da família real da antiga cidade de Ur, importante centro da civilização sumeriana, por volta de 3000 a.C., um jogo de tabuleiro que passou a ser conhecido como Jogo Real de Ur - provável antecessor dos jogos da família do moderno gamão.
A se acreditar nas lendas indianas, a atividade lúdica, além de entreter seus praticantes, também serviria como simulação alegórica de batalhas ou deliberações que as pessoas têm de fazer ao longo de sua vida cotidiana - o xadrez e o já mencionado gamão seriam exemplos disto.
Por colocar as pessoas em situações nas quais vencer ou perder dependem das escolhas feitas adequadamente logo no início das partidas, os jogos se mostraram como excelente ferramenta para o desenvolvimento da personalidade e da inteligência das crianças.
Entretanto, apesar desse aspecto pedagógico, os jogos raramente eram considerados objetos de estudo sério.
Foi a curiosidade do nobre Cavaleiro de Méré e inveterado jogador, Antoine Gombaud (1607-1684), que, em 1654, incentivou o filósofo francês Blaise Pascal (1623-1662) a iniciar correspondência com outro brilhante matemático francês, Pierre de Fermat (1601-1665), no intuito de solucionar com maior rapidez o problema dos pontos, num jogo de dados que fora interrompido, e cujo dinheiro das apostas teria de ser dividido justamente de acordo com as probabilidades iguais de ganho de cada jogador, caso o jogo tivesse continuado até o final.
A resposta fornecida por ambos ao problema de Gombaud revelou as regras matemáticas que subjazem aos jogos de azar, desenvolvendo a teoria da probabilidade que de um modo independente, outro genial matemático e famoso trapaceiro, o italiano Girolamo Cardano (1501-1576), havia iniciado antes.
Contudo, a solução encontrada por Pascal e Fermat só foi publicada mais tarde através do primeiro livro exclusivo sobre teoria da probabilidade, chamado Sobre o Raciocínio em Jogos de Azar, do físico e astrônomo holandês Christian Huygens (1629-1695), lançado em 1657.
Isso porque, na metade do século XVII, mesmo a matemática era considerada uma atividade amadora de eruditos que não deveria ter consequências sérias para as vidas dos demais mortais.

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