domingo, 4 de novembro de 2007

Bob, Bob, Bob

Estou desde a semana passada querendo falar sobre a entrega do Prêmio Príncipe de Astúrias.
O prêmio, como sabemos, é a maior condecoração da Espanha.
Nas internas, já ganhou até o apelido de 'Nobel Dois'.
Desde 1980, quando foi criado, é sempre entregue por integrantes da coroa espanhola.
Este ano não foi diferente.
A cerimônia foi presidida pelos princípes Felipe e Letizia.
Igualmente estava lá presente a rainha Sofia.
Dizem que o melhor discurso da noite foi o do escritor israelense, Amos Oz.
Em hebraico.
Amos foi o único sem gravata.
Até Schumacher usou.
Já Al Gore resolveu falar sobre a verdade.
Sou muito fã de Uma Verdade Incoveniente.
Acho que só pelo trabalho de despertar a consciência da humanidade ele já merece Oscar, Nobel 1, Nobel 2, e o que passar pela frente.
[Sem falar no Macshow do documentário.
Al Gore sentado na limousine com um MacBook Pro no colo, não tem preço ...]

Mas daí a ouvir Al sobre a verdade, já são outros quinhentos.
Apesar de tudo, gostei do encerramento, quando ele disse que a vontade política é um recurso renovável.
Mas todo esse post até aqui é, na verdade, pra falar de Bob.
Que obviamente não foi.
Nem mandou ninguém buscar o troféu.
Uma pena, uma estatueta de Joan Miro.
Parece que só na semana do prêmio, anunciado em junho, ele mandou uma mensagem à Fundação agradecendo a escolha.
Só não sei até agora o que foi feito dos 50 mil euros a que ele tem direito.
Mas o que me incomodou mesmo foi um dos motivos que levaram à escolha de Bob para o prêmio das Artes.
Vejamos a nota divulgada na época em que foram anunciados os vencedores.
"Austero nas formas e profundo nas mensagens, [concordo]
Dylan conjuga a canção e a poesia em uma obra que cria escola [concordo]
e determina a educação sentimental de milhões de pessoas" [ ahnn ??? como assim ? determinar a educação sentimental ? isso não é meio estapafúrdio ? ou estou sendo implicante ? rs]
Bom, o resto eu concordo.
Robert Allen Zimmerman, verdadeiro nome de Bob Dylan, nascido em Minnesota em 1941, é um "mito vivo da história da música popular [concordo]
e farol de uma geração que teve o sonho de mudar o mundo." [concordo. desde que TEVE venha em letras garrafais]

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