Além de ser minha amiga MacMaluquinha, Alessandra Dias, a Alê, é mais uma amiga cinéfila.
Tem até conta no hotmail com login de Jean Seberg.
Aqui no Migrante ela fala sobre um de seus chick flicks favoritos.
Por Alessandra Dias
Orgulho e Preconceito
(Pride & Prejudice, 2005) é um filme de olhares.
Sutis, receosos, tímidos, porém reveladores.
Através deles conhecemos os desejos, angústias e decepções dos personagens.
Impossível resistir aos belos e tristes olhos azuis do ator inglês Matthew Macfadyen como o esnobe (que se revela adorável) Mr. Darcy.
Foram eles que me fizeram acompanhar os encontros e desencontros do casal protagonista para depois confessar publicamente que gostei.
Sim, admito que me divirto com as produções que os americanos chamam de "chick flick", ou seja, filme de mulherzinha, as famosas comédias românticas estreladas por Drew Barrymore, Reese Witherspoon ou Meg Ryan.
Esta última, a propósito, faz o papel da encantadora Kathleen Kelly em outro sucesso do gênero: Mensagem para Você (You´ve got mail, 1998).
A dona da loja da esquina, fã do livro Orgulho e Preconceito, é criticada por Joe Fox, interpretado por Tom Hanks.
Ele supõe, com um certo sarcasmo, que ela deveria adorar o tal Mr. Darcy.
O que Joe Fox não imaginava era que Kathleen Kelly não é a única.
Uma pesquisa feita com 1.900 inglesas de várias idades antes do lançamento do filme Orgulho e Preconceito revelou que o personagem, criado por Jane Austen no século XIX, ainda desperta paixões.
O resultado foi publicado no jornal The Guardian, que pergunta “Why do we still fall for Mr Darcy?” (Por que ainda temos uma queda pelo Mr. Darcy ?)
O certo é que muitas mulheres não recusariam um convite para uma noitada com o carismático cavalheiro.
Até mesmo as indianas foram cativadas e têm seu próprio Mr. Darcy na versão bollywoodiana Bride and Prejudice (2004).
Ele já apareceu em várias outras adaptações para a TV e o cinema.
Uma das mais lembradas é a série da BBC de 1995, que consagrou o ator Colin Firth.
Mark Darcy, interpretado por Firth no filme O Diário de Bridget Jones (Bridget Jones' Diary, 2001), não tem esse sobrenome por acaso.
A autora e roteirista Helen Fielding imaginou o homem perfeito pensando nele.
Especula-se que a própria Austen teria criado Darcy suspirando por Tom Lefroy, um jovem irlandês por quem era apaixonada.
Por causa de convenções sociais da época, ela não pôde se casar com ele.
Segundo dizem, ela deu um final feliz ao romance frustrado e o transformou na obra literária favorita dos britânicos.
Essa história é contada em Becoming Jane (2007), uma cinebiografia da escritora que deve, em breve, figurar na extensa lista dos meus filmes favoritos.
Enquanto isso não acontece, continuo admirando o olhar de Mr. Darcy no rosto de Macfadyen que, de vez em quando, aparece na proteção de tela do meu computador.
domingo, 18 de novembro de 2007
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